França desmantela célula terrorista "prestes a atacar"
Uma semana após o ataque a um grupo de soldados perto do museu do Louvre, em Paris, os serviços anti-terroristas franceses prenderam na noite de sexta-feira (10) na região de Montpellier, no sul do país, quatro suspeitos. Todos estão sendo interrogados neste sábado (11).
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Neste sábado (11), a detenção para interrogatório dos quatro suspeitos foi prolongada por mais 96 horas. As informações da polícia afirmam que o grupo se preparava para cometer um ataque "iminente" no país, sem dar maiores detalhes sobre a data e o local. O alerta foi confirmado pelo ministro do Interior, Bruno Le Roux, que afirmou que "esta operação evitou a realização de um novo atentado".
Os detidos são três homens, de 20, 26 e 33 anos, e uma jovem de 16 anos, casada com o mais novo dos três detidos. Ele planejava se explodir numa operação kamikaze e ela planejava partir em direção à Síria como viúva, após o ataque. O jovem casal teria se radicalizado rapidamente nas últimas semanas, segundo o canal de Tv francës BFMTV. A polícia afirma também que a dupla jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico recentemente, por meio de um vídeo.
Redes sociais, o caminho dos jihadistas
A pista que levou à identificação dos suspeitos foi uma série de mensagens por código no Telegram, aplicativo de mensagens muito utizado pelos jihadistas. Foi este o meio de comunicação utilizado pelo terrorista francês Rachid Kassim, suspeito de ser o cérebro de diversos atentados na França, à distância; ele teria sido morto no Iraque em um bombardeio da coalizão contra o grupo Estado Islâmico. A notícia ainda não foi confirmada.
Sob escuta e vigiados por policiais à paisana, os suspeitos estavam sendo seguidos desde o dia 2 de fevereiro. Na quinta-feira (9), a unidade antiterrorista entrou em alerta depois que eles compraram acetona e água oxigenada, componentes de explosivos artesanais. Esse fato, aliado ao vídeo divulgado nas redes sociais no dia 8, no qual a adolescente convertida ao Islã presta obediência ao grupo Estado Islâmico, decidiu a polícia a entrar em ação.
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