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Agressor do Louvre confirma ser egípcio

O autor do ataque contra militares no museu do Louvre em Paris aceitou finalmente falar com os investigadores, informaram na manhã desta terça-feira (7) fontes policiais. Ele confirmou, como suspeitava a polícia, ser realmente um egípcio, de 29 anos, chamado Abdullah Reda El Hamahmy.

Fotos fornecidas pelo pai do suposto agressor do museu do Louvre, Abdullah Reda El Hamahmy.
Fotos fornecidas pelo pai do suposto agressor do museu do Louvre, Abdullah Reda El Hamahmy. AFP
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O agressor ainda está hospitalizado em Paris, sob custódia policial. Ele foi gravemente ferido na sexta-feira (3) por um soldado que reagiu a seu ataque com facão no museu do Louvre. Ele foi atingido por várias balas no abdômen, foi operado e chegou a ficar entre a vida e a morte, inconsciente.

No sábado (4), seu estado de saúde melhorou e ele foi colocado em prisão provisória. Desde domingo, os investigadores tentavam interrogá-lo para determinar formalmente a sua identidade, mas ele se recusava a falar. Ele concordou finalmente na segunda-feira (6) a responder as perguntas, "narrou sua primeira versão dos fatos" e confirmou sua identidade.

Os detalhes desse primeiro interrogatório ainda não foram revelados. As investigações continuam para descobrir as motivações do rapaz, formado em História e funcionário de uma empresa dos Emirados Árabes Unidos, que até então não tinham nenhum antecedente. Sua prisão provisória é válida até quarta-feira (8). Qual era o seu plano? Por que visitou a Turquia em 2015 e 2016? Agiu sozinho ou sob instruções? Estas são algumas das questões que as autoridades tentam responder.

Ataque não foi reivindicado

Um único soldado que patrulhava o Louvre ficou levemente ferido no ataque. O agressor, armado com dois facões de 40 centímetros, correu em direção a ele gritando "Allah Akbar" (Deus é grande, em árabe). O Louvre, museu mais frequentado do mundo, foi fechado após o ataque na sexta-feira, mas reabriu no sábado.

O ataque reacendeu lembranças dolorosas na França, onde uma série de atentados do grupo Estado Islâmico deixou 238 mortos em 2015 e 2016. Desde então, o país vive sob o estado de emergência. O agressor do Louvre entrou legalmente como turista na França, em 26 de janeiro, em um voo vindo de Dubai, e se hospedou em um apartamento de temporada perto da avenida Champs-Elysées.

De acordo com os investigadores, o apartamento custou € 1.700 e foi reservado pela internet em junho de 2016. A reserva foi feita bem antes do pedido de visto de turista, apresentado no final de outubro, sob o nome de Hamahmy. Nenhum grupo reivindicou até agora o ataque e não há indícios nas provas recolhidas em Paris de que ele tenha jurado lealdade a qualquer movimento jihadista.

A polícia francesa descobriu, no entanto, uma conta no Twitter em seu nome com mensagens exaltadas, em que parece apoiar o grupo extremista Estado Islâmico (EI). O pai do agressor, um oficial da reserva da polícia egípcia, Abdullah El-Hamahmy, disse que o filho não demonstrou nenhum sinal de radicalização. Ele acreditava que sua viagem a Paris fosse uma viagem de negócios.

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