Suspeito de ataque ao Louvre tem detenção para interrogatório decretada

O suspeito de atacar quatro militares da operação Sentinela no museu do Louvre em Paris continua internado, mas não corre risco de vida. De acordo com a polícia, seu estado melhorou "consideravelmente".

Reda Abdullah al-Hamamy, pai do suspeito do ataque contra militares no museu do Louvre, em Paris. Reuters/路透社

O homem, identificado como Abdallah El-Hamahmy, atacou os militares com duas facas na manhã de sexta-feira (3) e foi neutralizado com tiros no abdomêm.

O interrogatório do suspeito, um egípcio de 29 anos, deve começar ainda neste domingo (5), segundo a polícia francesa. Ele entrou no país como turista no dia 26 de janeiro, vindo de Dubai. Segundo seu pai, Reda, entrevistado pela agência francesa AFP, Abdallah El-Hamahmy é casado, diretor comercial nos Emirados Árabes Unidos e pai de um bebê de sete meses. Sua mulher, que está grávida, vive na Árabia Saudita.

"É um rapaz simples, apreciado por todos, que nem usa barba", declarou o pai, em referência à barba dos salafistas radicais. O homem se disse "surpreso" com o envolvimento do filho no ataque. "Como alguém de 1,65m pode atacar quatro militares?", declarou. Ele disse que foi procurado pela polícia francesa e "deu as informações que sabia".

Ato terrorista

O governo francês não tem dúvida do "caráter terrorista" do ataque, como declarou na sexta-feira (3) o procurador da República, François Moulin. Mas ainda não sabe o que levou o jovem a cometer o ato.

Pouco antes da tentativa de atentado no Louvre, o suspeito publicou no Twitter mensagens mencionando o grupo Estado Islâmico, "combatentes na Síria" e "combatentes de todo o mundo". O museu parisiense reabriu as portas normalmente neste sábado. Mais de 7,3 milhões de pessoas, sendo que 75% são estrangeiros, visitaram o Louvre no ano passado, uma queda de cerca de 15% em relação a 2015.