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França/François Fillon

Novas revelações comprometem a candidatura de Fillon à presidencial na França

A situação do candidato pelo partido conservador Os Republicanos (LR) agravou-se ainda mais após a difusão ontem à noite (2) pela televisão francesa, de uma entrevista dada por sua esposa Penelope Fillon em 2007 a uma jornalista inglesa do The Sunday Telegraph, onde ela afirma nunca ter colaborado profissionalmente com seu marido. Penelope Fillon é acusada de ter recebido mais de € 800 mil por ter trabalhado como assistente parlamentar do seu marido, o então deputado, François Fillon, entre 1998 e 2013.

Penelope Fillon escuta o discurso de seu marido, François Fillon, então, Primeiro-Ministro da França em 2007.
Penelope Fillon escuta o discurso de seu marido, François Fillon, então, Primeiro-Ministro da França em 2007. REUTERS/Philippe Wojazer
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“Eu nunca fui sua assistente ou nada do gênero”. “ Essa declaração dada ao jornal britânico contradiz a afirmação defendida até então por Fillon, de que sua esposa teria sua assistente parlamentar durante 15 anos.

Durante um comício realizado ontem em Charleville-Mézieres, na região leste do país, François Fillon afirmou mais uma vez aos militantes do partido, estar sendo vítima de um "golpe de Estado institucional por parte da esquerda francesa”.

A repercussão desse escândalo tem causado grande alvoroço e pode acabar comprometendo a candidatura de Fillon pelo partido Os Republicanos (LR).

Corrupção envolvendo filhos do candidato

Além dos escândalos envolvendo sua esposa, a justiça verifica os salários de dois de seus filhos que também teriam sido seus assistentes parlamentares entre 2005 e 2007. Sua filha mais velha, Marie, teria recebido € 3.800 brutos por mês durante quinze meses. Seu filho Charles teria recebido € 4.846 por mês. De acordo com os sindicatos franceses, o salario médio de um assistente parlamentar se situa entre € 2.200 e € 2.600. Aqui na França, os deputados dispõem de um orçamento mensal de cerca de € 9.561 para remunerar o trabalho real de até cinco colaboradores, mesmo familiares.

Nomes alternativos à candidatura Fillon

Muito embora o candidato se mostre determinado a continuar a campanha, nos bastidores de seu partido o tom é bem diferente. Já se fala num “plano B” e alguns nomes circulam como, por exemplo, o do ex-primeiro-ministro Alain Juppé, antigo rival de François Fillon nas primárias da direita e François Baroin, ex-ministro do governo Sarkozy.
Numa sondagem realizada na manhã de hoje, 61% dos franceses esperam que o candidato Fillon renuncie à campanha presidencial.

 

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