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Legalizar maconha é tema inédito na campanha presidencial da França

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O ex-ministro da Educação, Benoît Hamon, foi escolhido para representar os socialistas na corrida presidencial francesa. Ao derrotar nas primárias o ex-premiê Manuel Valls, ele impôs uma visão mais à esquerda do partido, além de propor, durante sua campanha, debater pela primeira vez alguns temas polêmicos.

Gaspard Estrada, cientista político do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po)
Gaspard Estrada, cientista político do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po) RFI
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Hamon era o favorito no segundo turno das primárias. Um dos pilares de seu programa foi o projeto de criar um salário universal de € 750 por mês para todos os franceses, inclusive para os que não trabalham. O candidato também pretende incitar a redução do tempo de trabalho, além de legalizar a maconha.

Para o cientista político Gaspard Estrada, professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences-Po), há uma mudança na opinião pública no que diz respeito a temas como a legalização de algumas drogas. “Essa é a primeira campanha presidencial na França onde, de fato, esse consenso proibicionista que existia até hoje mudou”.

Apesar de levantar temas inéditos, Hamon ainda está longe dos favoritos na corrida presidencial. Segundo os últimos dados, lideram nas pesquisas de opinião Marine Le Pen, líder da extrema-direita, François Fillon, conservador do partido Os Republicanos, de direita, e Emmanuel Macron, ex-ministro da Economia do PS, que segue com uma legenda própria e apresenta projetos vistos como neoliberais.

No entanto, segundo o cientista político, esse panorama pode mudar, já que a campanha está se caracterizando pelas surpresas. “Há alguns meses, ninguém imaginava que Nicolas Sarkozy, Alain Juppé, Manuel Valls e o próprio François Hollande, seriam cartas fora do baralho político”, comenta Estrada. Mas o analista admite que o cenário mais provável não é o de uma vitória do Partido Socialista, principalmente “por causa da rejeição do governo Hollande e da má gestão governamental”. Mesmo assim, o cientista político ressalta que Hamon está progredindo nas pesquisas de opinião.

Para ouvir a entrevista completa, clique na foto acima ou assista o vídeo abaixo.

 

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