Acessar o conteúdo principal
RFI Convida

Chef conta como o Brasil se prepara para a final do Bocuse d'Or

Publicado em:

Ele é o cérebro, o termômetro e o cronômetro da equipe brasileira da enviada a Lyon, no sudeste da França, para a final do Bocuse d’Or, o maior concurso de gastronomia do mundo. O chef Victor Vasconcellos foi quem treinou e coordena na competição a chef brasileira Giovanna Grossi, que pode se sagrar nesta quarta-feira (25) a melhor cozinheira do planeta.

O chef Victor Vasconcellos é treinador da cozinheira alagoana Giovanna Grossi, que representa o Brasil na final do Bocuse d'Or 2017.
O chef Victor Vasconcellos é treinador da cozinheira alagoana Giovanna Grossi, que representa o Brasil na final do Bocuse d'Or 2017. Divulgação
Publicidade

O trabalho de Victor Vasconcellos como treinador ou coach da chef Giovanna Grossi para a final do Bocuse d'Or começou vários meses antes da competição. Nesse tempo trabalhando junto à jovem alagoana, de apenas 24 anos, ele preparou e coordenou os treinamentos, elaborou um plano de trabalho, desenvolveu e testou as receitas junto à equipe.

No momento do concurso, Victor mantém, literalmente, a ordem na cozinha e administra as tarefas para que elas sejam executadas dentro do tempo previsto. “Eu sou responsável por controlar o relógio porque cada tarefa tem seu momento exato para acontecer. Faço a comunicação entre a Giovanna e o Nicholas Santos, que é o ajudante dela, e vou dando um feedback sobre tudo o que eles executam. Eu sou a pessoa que tem que manter a cabeça mais fria, se é que alguém consegue ficar tranquilo durante um concurso como esse”, ele diz.

O desafio de Giovanna Grossi

Giovanna Grossi, de 24 anos, disputa nesta quarta-feira o título de melhor chef do mundo com outros 23 candidatos, vindos dos quatro cantos do mundo. O desafio deles é criar em 5 horas e 35 minutos, dois pratos, um apenas com legumes – uma tarefa inédita no concurso – e outro que deve ser uma releitura do célebre poulet de Bresse, ou frango de Bresse, uma tradicional receita de Lyon.

Vasconcellos não tem dúvidas de que a cozinheira alagoana vai tirar a experiência de letra e é só elogios para a sua pupila. “A Giovanna é muito determinada, se entregou de coração a esse projeto. Ela abriu mão de tudo, inclusive da vida pessoal, para se dedicar a esse projeto. Além disso, ela é muito habilidosa, tem um gestual muito bonito na hora da preparação dos pratos, conta com uma bagagem cultural interessante, que traz para suas receitas. Isso nos leva para a competição de uma forma bem diferenciada, com uma assinatura única”, avalia.

Já sobre Giovanna ser a primeira mulher brasileira a participar da final do Bocuse d’Or, Vasconcellos diz ser necessário quebrar tabus, mas não acredita que o fato seja uma vitória. “Ela é uma cozinheira, independente de ser uma mulher. Isso não faz dela nem mais, nem menos. O importante para o concurso não é ser homem ou mulher, mas ter determinação, trabalhar muito e fazer bem feito. E tudo isso a Giovanna realmente faz.”

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.