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Imprensa

Cem mil policiais são mobilizados para Réveillon na França

Os jornais franceses desta sexta-feira (30) já estão em clima de Réveillon. Um ano novo que, como lembra o jornal Le Figaro, vai acontecer, mais uma vez, sob alto policiamento. Cerca de 100 mil policiais foram mobilizados em toda a França para que a população possa festejar o início de 2017 com segurança.

Policiais patrulham a avenida Champs-Elysées, onde será realizado a queima de fogos do Réveillon de Paris.
Policiais patrulham a avenida Champs-Elysées, onde será realizado a queima de fogos do Réveillon de Paris. CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP
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A vigilância dos policiais deve se concentrar nos grandes veículos, para evitar atentados como os de Nice, em 14 de julho, e de Berlim, em 19 de dezembro, em que caminhões foram utilizados. Além disso, ressalta Le Figaro, a segurança também será reforçada nas fronteiras da França. Comerciantes de todo o país foram sensibilizados para a venda de materiais inflamáveis, foguetes e orientados a avisar a polícia em caso de qualquer suspeita.

Para a maior festa de Ano Novo ao ar livre do país, na avenida Champs-Elysées, coração da capital francesa, a segurança será reforçadíssima, salienta Le Figaro. Mais de 600 mil pessoas são esperadas para assistir a queima de fogos de artifício no local.

Medidas específicas foram tomadas para que tudo ocorra bem: por exemplo, a avenida só poderá ser acessada pelo público às 23 horas de sábado. Já em Nice, centenas de policiais, inclusive membros da polícia antiterrorismo, patrulharão as ruas da cidade ainda sob luto depois do fatídico 14 de Julho.

As autoridades francesas também anunciaram ter prendido indivíduos suspeitos de preparar ações terroristas durante o Réveillon.

Para comemorar 2017, um menu por € 2.017

Para aliviar um pouco a tensão, Le Figaro também fala dos luxuosos menus de Ano Novo propostos por célebres restaurantes parisienses, como o do la Table de l'Espadon, o restaurante do hotel Ritz, que propõe um jantar por € 2.017 (cerca de R$ 6.926), em homenagem ao ano de 2017. No menu, caviar, lagosta e carne de cervo.

As casas de espetáculos da capital francesa também não deixarão a desejar. Os ingressos para a noite no cabaret Lido estão quase esgotados. Já outro famoso cabaret, o Crazy Horse, teve que aumentar sua agenda e realizar três sessões de espetáculos na noite do 31 de dezembro. E, para os festeiros de última hora, Le Figaro lembra que ainda restam lugares para o Réveillon nos barcos que fazem o tour do Rio Sena.

Beber com moderação

O diário Aujourd'hui en France já está pensando no pós-festa e na segurança das estradas na noite do Réveillon. Uma pesquisa feita pelo diário mostra que 63% dos franceses pretendem beber, em média, quatro copos de bebida alcoólica na noite do Ano Novo. 38% dos entrevistados pretendem pegar o volante depois de festejar a entrada de 2017. Como solução contra os efeitos do álcool, os motoristas sugerem chupar pastilhas de menta, beber café ou tomar uma colher de azeite.

Mas, o Aujourd'hui en France enfatiza: essas medidas não são seguras. O jornal propõe que os franceses que festejarão o Réveillon na casa de parentes ou amigos levem um "colchãozinho" e durmam no local. Ou reservem um táxi com antecedência para a hora da volta. Também vale se reunir em grupos e voltar a pé para casa depois da festa. "Qualquer solução é melhor do que pegar no volante alcoolizado", preconiza.

Já o jornal Les Echos destaca que os produtores de champanhe esperam que o fim de ano resulte em melhores vendas. Isso porque o comércio do champanhe francês registrou uma queda de 2% esse ano. De acordo com os produtores, a bebida é menos vendida quando o estado de espírito dos consumidores não é dos melhores, o que aconteceu com os franceses esse ano, desmoralizados pela série de atentados e a ameaça terrorista, escreve o jornal econômico. No resto do mundo, diz Les Echos, o mercado de vinhos e espumantes vai bem e registrou um crescimento de 5% em 2016.

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