"Mais colaboração e menos oposição", defende porta-voz do Partido Pirata francês
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Ouvir - 06:58
No meio da onda neoconservadora que varre o mundo, uma tendência vinda do lado contrário do tabuleiro parece ter chegado para ficar, o Partido Pirata, que acabou de vencer eleições legislativas na Islândia, tornando mais complexo o xadrez político global.
Para entender um pouco mais quem são, de onde vem e quem representam, o RFI Convida conversa hoje com Thomas Watanabe-Vermorel, porta-voz do Partido Pirata da França.
"O Partido Pirata não se define como extrema-esquerda. Consideramos o xadrez esquerda-direita completamente obsoleto. Queremos ir além destas confrontações, o Partido Pirata vai pensar mais em termos de colaboração, de trabalhar juntos, do que de oposição", afirmou Vermorel. "O partido é com certeza uma resposta à extrema-direita e ao conservadorismo, mas não significamos uma reação mecânica a estes sistemas políticos, a ideia é passar à idade adulta da política", completou.
"O esquema político na França ainda é muito monarquista, muito pouco democrático, ao contrário do que muita gente pensa", critica o francês, casado há 10 anos com uma brasileira. "A presidencial é uma eleição completamente fechada [na França]. Os grandes partidos não deixam nenhuma oportunidade aberta para novas ideiais. Podemos tentar conseguir algum efeito nas eleições legislativas e estamos nos organizando com movimentos cidadãos para ter uma presença forte e conseguir eleger alguns deputados", afirmou.
Clique aqui para acessar o site do Partido Pirata na França.
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