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Atentados de Paris

Homenagens no fim de semana lembram vítimas dos atentados de 13 de novembro em Paris

De hoje a domingo, uma série de cerimônias vão lembrar o primeiro aniversário da morte de 130 pessoas nos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris. Na noite desta sexta-feira (11), um minuto de silêncio será realizado antes do início da partida entre França e Suécia, no Stade de France, ao norte da capital.

A sala de shows Bataclan reabre no sábado (12), um dia antes do aniversário de um ano dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris.
A sala de shows Bataclan reabre no sábado (12), um dia antes do aniversário de um ano dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris. Philippe Lopez/AFP
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A noite de terror que mudou a vida dos franceses começou no subúrbio de Saint-Denis, quando três homens-bomba acionaram seus explosivos nos arredores do Stade de France durante o jogo entre França e Alemanha.

Amanhã, o presidente francês, François Hollande, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, vão inaugurar placas em memória das vítimas nos seis locais que foram alvo dos ataques − o próprio Stade de France, bares e restaurantes do 10° e do 11° distritos da capital, inclusive a sala de shows Bataclan, onde 90 pessoas foram abatidas pelos terroristas durante o show da banda americana Eagles of Death Metal.

Bataclan será reinaugurado no sábado

O Bataclan será reinaugurado na noite de sábado (12), com um show do músico britânico Sting. A sala ganhou uma nova fachada depois de passar por um ano de reformas. Os ingressos para ouvir Sting, colocados à venda há alguns dias, se esgotaram em dez minutos.

No domingo (13), exatamente um ano depois do massacre, na frente do Bataclan, uma outra homenagem será prestada, desta vez com a presença de sobreviventes dos atentados, familiares das vítimas e também os roqueiros do Eagle of Death Metal. Ainda no domingo, uma manifestação pública acontece em frente à prefeitura do 11° distrito, na região da praça da República. À noite, uma missa será realizada na catedral Notre Dame.

A associação de vítimas "13 de novembro de 2015" também faz um apelo para que toda a população, em todo o país, se una às homenagens no domingo, acendendo velas em suas janelas.

Um ano depois dos atentados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), cerca de 20 pessoas dos mais de 400 feridos continuam hospitalizadas. 

Coordenador dos atentados passou pela prisão iraquiana de Abu Ghraib

Na última nesta terça-feira (8), autoridades da França e da Bélgica informaram ter identificado o homem responsável pela coordenação dos atentados de Paris e também de Bruxelas, ocorridos em março passado. O extremista Oussama Atar, de 32 anos, membro do grupo Estado Islâmico (EI), só era conhecido por um pseudônimo. Ele é um cidadão belga-marroquino que vive na Síria, primo de dois terroristas mortos nos ataques na capital belga.

O jihadista, que utiliza o pseudônimo de Abu Ahmad, esteve no radar das forças de segurança europeias por mais de uma década. "É o único coordenador na Síria a ter sido identificado até o momento", afirmou uma das fontes ligadas à investigação, confirmando uma informação publicada pelo jornal Le Monde.

Depois de ter sido preso no Iraque em 2004 após a invasão americana, Atar passou um tempo em várias prisões, entre elas a de Abu Ghraib, que foi utilizada pelas forças americanas. Após sua libertação, ele retornou em 2012 à Bélgica. "Não sei o que aconteceu com ele depois", disse em agosto seu advogado da época, Vincent Lurquin.

Em uma entrevista em 2011, Atar afirmou que viajou à Síria para estudar árabe e posteriormente foi ao Iraque para comprar medicamentos para pessoas necessitadas. Seu nome voltou a aparecer após os atentados suicidas que deixaram 32 mortos no metrô e no aeroporto de Bruxelas este ano.

Os investigadores conseguiram vincular Atar aos ataques de Paris após dois supostos extremistas, um argelino e um paquistanês, serem detidos na Áustria em dezembro passado. O argelino admitiu que tinha a intenção de participar dos atentados de Paris e que havia sido enviado por "Abu Ahmad". Posteriormente, ele identificou Atar em fotografias da polícia.

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