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Adolescentes presos por planejar atentados preocupam a França

Em menos de uma semana, três jovens suspeitos de planejar atentados iminentes foram detidos na periferia e na capital Paris. A última prisão aconteceu na manhã desta quarta-feira (14), quando um estudante nascido em 2001 foi detido para interrogatório.

Policiais durante operação antiterrorista na periferia de Paris.
Policiais durante operação antiterrorista na periferia de Paris. REUTERS/Christian Hartmann
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Nos três casos, os adolescentes foram traídos por estar em contato com o jihadista francês Rachid Kassim, considerado um dos divulgadores mais perigosos do grupo Estado Islâmico. Ele é suspeito de teleguiar atentados de uma zona entre Iraque e Síria.

Segundo informações, o jovem teria se oferecido para realizar uma ação terrorista. Ele se comunicava por códigos com Kassim através do aplicativo Telegram, que tem fóruns de discussão acessíveis somente para convidados. Telegram é considerado hoje um dos meios de comunicação preferidos dos jihadistas.

Jovens influenciáveis usam aplicativo

Esta nova prisão acontece menos de uma semana depois de um rapaz de 15 anos ter sido preso em uma periferia parisiense de classe alta. Ele foi inculpado e preso no sábado (10), suspeito de ter participado de um ataque em associação com Rachid Kassim. O jovem era conhecido pelos serviços secretos franceses e já tinha sido inculpado em outro caso de terrorismo; desde junho deste ano ele se encontrava sob controle da justiça. Um outro rapaz de 15 anos, que vive em Paris, também foi inculpado e preso na segunda-feira (13), suspeito de planejar um ataque com faca. Os investigadores acham que ele também estava sob a influência de Rachid Kassim.

Os menores são alvos fáceis para os jihadistas. No começo deste mês de setembro, 35 menores (23 rapazes e 12 meninas) foram inculpados na França.

Rachid Kassim, um radical perigoso

Kassim tem 29 anos, nasceu em Roanne, pequena cidade no centro do país, e vive há bastante tempo no exterior. Ele costuma enviar aos seus recrutas, por Telegram, listas de alvos potenciais para ataques e também projetos de atentados na França.

A polícia aposta que Kassim influenciou, direta ou indiretamente, o assassinato de um casal de policiais em junho, na periferia de Paris, assim como o do padre Jacques Hamel, degolado em uma igreja na Normandia, no fim de julho. Seu nome também aparece na direção dos planos de atentados do comando de mulheres radicalizadas que foram presas na semana passada, após a descoberta de um carro com butijões de gás, perto da Catedral de Notre-Dame de Paris.

O governo francês estima que 15 mil pessoas já se radicalizaram na França.
 

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