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Ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, deixa o governo

O ministro da Economia da França, Emmanuel Macron, deixou nesta terça-feira (30) o governo, um golpe duro para o presidente François Hollande, já que Macron pode se apresentar como candidato às eleições presidenciais de 2017.

O ministro da economia francês, Emmanuel Macron
O ministro da economia francês, Emmanuel Macron REUTERS/Benoit Tessier/File Photo
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Segundo um comunicado da presidência, "ele renunciou para se dedicar totalmente a seu movimento político, o Em Marcha". Hollande nomeou como seu sucessor o atual ministro das Finanças, Michel Sapin.

"Macron terá agora liberdade para continuar construindo uma nova oferta política", declarou o porta-voz do movimento que o político criou em abril passado.

"É uma derrota para o chefe de Estado", afirmou um ministro que quis permanecer anônimo. "Para Hollande, isso significa uma diminuição da sua maioria", lamenta uma fonte próxima ao presidente socialista.

Segundo o prefeito de Lyon, Gérard Collomb, "o discurso atualmente é de dizer 'vamos esperar até dezembro para saber se Hollande vai se candidatar'. É insustentável, porque, se ninguém estiver pronto, haverá uma debandada".

Movimento político

Há vários meses, o agora ex-ministro começou a provocar o governo de Hollande, com o lançamento do seu próprio movimento político, "Em Marcha", e com suas declarações controversas. Há algumas semanas, ele disse que "a honestidade lhe obrigava a dizer que ele não é socialista".

O primeiro-ministro, Manuel Valls, já não escondia sua irritação com Macron, com quem disputa o papel de líder da esquerda reformista.

No último 14 de julho, Dia Nacional da França, Hollande fez uma advertência ao ministro, que não poupou críticas ao chefe de Estado em uma reunião do seu movimento em Paris.

Hollande ameaçou demitir o ministro se ele não respeitasse a "solidariedade" governamental e a necessidade de "servir até o fim" sem "ambições pessoais e ainda menos presidenciais".

Afetado por uma impopularidade recorde, o atual presidente deve dizer até o final do ano se vai disputar ou não o segundo mandato.

Hollande já é desafiado por três ex-ministros: os socialistas Benoît Hamon e Arnaud Montebourg e a ecologista Cécile Duflot.
 

 

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