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Terrorismo

Terrorismo: França anuncia novas medidas de segurança nas escolas

A volta das férias de verão acontece em um contexto marcado pela ameaça terrorista na França. O governo francês anunciou nesta quarta-feira (10) novas medidas de segurança para as escolas de todo o país, que recebem "prioridade absoluta". As autoridades acreditam que os recentes atentados exigem uma vigilância intensa, especialmente depois que o grupo Estado Islâmico declarou que os estabelecimentos de ensino estão na mira da organização.

Alunos receberão treinamento para saber como agir em possíveis ataques terroristas contra escolas da França.
Alunos receberão treinamento para saber como agir em possíveis ataques terroristas contra escolas da França. AFP PHOTO / FRANK PERRY
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As novas instruções foram elaboradas pelo ministérios do Interior e da Educação. Os secretários de segurança e os diretores de escolas já foram notificados. As medidas anunciadas serão detalhadas no final de agosto, antes da volta às aulas na França, em setembro, mas algumas delas já foram reveladas nesta quarta-feira.

O primeiro ponto é que os espaços particularmente vulneráveis dos estabelecimentos de ensino, como corredores isolados e fachadas expostas sejam protegidos. Caso seja necessário, os prédios das escolas serão reformados para corrigir possíveis falhas de segurança.

Já nas ruas próximas aos estabelecimentos de ensino, a vigilância será reforçada para evitar "agrupamento de alunos", considerado extremamente perigoso pelas autoridades. A medida já vinha sendo aplicada no país depois dos atentados de 13 de novembro de 2015. Por este motivo, alguns liceus, que acolhem estudantes do ensino médio, passaram a autorizar os fumantes a utilizar os corredores das escolas.

O que fazer em caso de atentado

O terceiro ponto do plano de segurança revelado pelo governo é a formação dos alunos para saber como agir em caso de ataque terrorista. Para isso, três exercícios serão organizados durante o ano letivo; um deles se concentrará em uma simulação de invasão da escola. "Para não serem surpreendidos e conseguirem ter a boa reação", diz o governo, alguns alunos também receberão treinamento de primeiros socorros.

Na mesma lógica de se preparar para um possível ataque, as autoridades também devem testar o envio de alerta através de mensagens de texto. O governo exige que células de gestão de crise sejam formadas e entrem em funcionamento antes mesmo do início do ano letivo na França.

Por último e não menos complicado, a vigilância e o acompanhamento de estudantes suspeitos de radicalização serão reforçados. Por isso, a relação entre pais, professores e diretores será mais estreita e frequente do que atualmente. Reuniões sobre as novas medidas de segurança serão organizadas desde a volta às aulas.

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