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ATENTADO EM NICE

Hollande confirma que 50 pessoas ainda estão entre a vida e a morte em Nice

Acompanhe minuto a minuto as últimas notícias sobre o atentado terrorista que ocorreu em Nice na noite desta quinta-feira (14). O ataque deixou ao menos 84 mortos e pelo menos 50 pessoas estão entre a vida e a morte nos hospitais da região. Entre as vítimas, há pelo menos dez crianças e adolescentes.Um homem, dirigindo um grande caminhão frigorífico branco em alta velocidade atropelou, por cerca de 2 quilômetros, centenas de pessoas que assistiam aos fogos de artifício de 14 de Julho, a festa nacional da França, na avenida beira-mar da cidade, chamado de Passeio dos Ingleses. Ao perceber o incidente, as pessoas entraram em pânico e começaram a correr por todos os lados, muitos caíram e foram pisoteados.Houve uma troca de tiros com a polícia e o homem foi morto por dois policiais. A identidade dele ainda não foi confirmada, e o ataque não foi reivindicado. Nas redes sociais, simpatizantes do grupo Estado Islâmico comemoram a tragédia.  

O presidente francês, François Hollande, durante coletiva nesta sexta-feira em Nice
O presidente francês, François Hollande, durante coletiva nesta sexta-feira em Nice REUTERS/Eric Gaillard
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19h06 - A imprensa francesa está sendo criticada pela cobertura do atentado de Nice. Logo após o ataque, vários canais de televisão divulgaram imagens, feitas por cinegrafistas amadores, que foram consideradas chocantes. O CSA, instância que controla a mídia na França, divulgou uma advertência, principalmente após a divulgação de cenas mostrando um homem ao lado do corpo de sua mulher no canal público France 2. A emissora se desculpou oficialmente, alegando que as imagens foram ao ar por engano.

17h51 - O cônsul honorário do Brasil na Córsega, Mario Sanches, está em Nice para acompanhar junto às autoridades franceses se existem brasileiros entre as vítimas do atentado. “Até agora não há nenhuma confirmação de que havia brasileiros entre os mortos ou feridos. Temos recebido ligações de familiares que não conseguiram contato com parentes e amigos, mas isso não confirma que haja brasileiros entre as vítimas”, esclarece Sanches.

17h44 – De acordo com o procurador-geral da República, François Molins, mesmo se o atentado de Nice não foi reivindicado por nenhum grupo extremista, ele "correspondente exatamente aos apelos feitos por essas organizações terroristas", principalmente por meio de revistas e vídeos. Segundo ele, a investigação tenta agora estabelecer os "elos eventuais" do suspeito com grupos "terroristas islâmicos".

17h34 – O tema da luta antiterrorismo foi incluído na agenda da reunião de ministros das Relações Exteriores na próxima segunda-feira (18) em Bruxelas.

17h20 – Pelo menos dez crianças e adolescentes estão entre as vítimas fatais do atentado de Nice. A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira (15) pelo procurador-geral da República, François Molins, encarregado da investigação sobre o ataque. Durante a entrevista coletiva, ele confirmou que 202 pessoas ficaram feridos, entre eles 52 que permanecem entre a vida e a morte.

16h48 – A torre Eiffel será iluminada com as cores da bandeira francesa (azul, branco e vermelho) durante os próximos três dias em homenagem às vítimas do atentado de Nice. O Conselho de Segurança das Nações Unidas também fez um minuto de silêncio na abertura de sua sessão em Nova York.

15h54 – A cônsul-geral do Brasil em Paris, Maria Edileuza Fontenele Reis, confirmou à RFI Brasil que, até o momento, há o registro de dois brasileiros que ficaram feridos durante o atentado ocorrido na noite de quinta-feira (15). Não há notícias sobre mortos de nacionalidade brasileira. O consultado tomou conhecimento de um jovem que teve um ferimento, mas que não contatou as autoridades brasileiras, e uma estudante brasileira que mora em Nice. A jovem telefonou para o consulado e informou ter machucado a perna enquanto fugia do local do ataque. “Até o momento, só ferimentos leves, graças a Deus”, afirmou Reis. A embaixadora ressaltou, porém, que todos os mortos ainda não foram identificados. “Estou em contato direto com a célula de crise do Ministério das Relações Exteriores da França para acompanhar a identificação”, disse.

15h28 – O presidente francês, François Hollande, acaba de fazer um pronunciamento em cadeia nacional no qual afirma que "cerca de 50 pessoas" continuam entre a vida e morte nos hospitais de Nice. O chefe de Estado também confirmou que "muitos estrangeiros estão entre as vítimas do ataque". O presidente aproveitou para agradecer bombeiros, médicos e voluntários, além das forças de ordem, que estavam mobilizadas para a segurança da queima de fogos do 14 de Julho, e que souberam agir e neutralizar o agressor. Hollande disse o combate contra o terrorismo será longo, porque "o inimigo vai continuar a atacar os povos e países onde há liberdade como valores essenciais". Segundo ele "a França vencerá esse mal porque é um país unido".

14h19 – A agência Reuters indica que o motorista do caminhão que atacou a multidão em Nice, Mohamed Lahouaiej Bouhlel, é natural da cidade de Msaken, na Tunísia. As autoridades tunisianas informaram à agência que Bouhlel esteve no país pela última vez há quatro anos e não era conhecido por ter opiniões políticas ou religiosas radicais. Ele era casado e tinha três filhos.

14h11 – O motorista do caminhão foi formalmente identificado pela polícia. A identidade dele é Mohamed Lahouaiej Bouhlel, um tunisiano de 31 anos que morava em Nice.

14h09 - Um caminhão estacionado na rua Turin, em Nice, é inspecionado pela brigada anti-bombas da polícia francesa. Na mesma rua, um “pacote suspeito” foi destruído pelo serviço especializado.

14h03 - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o “reforço dos esforços para combater o terrorismo” no mundo. Um porta-voz de Ban declarou que ele “apoia firmemente o governo e o povo francês face às ameaças”.

13h - Os vizinhos do suspeito de ser o motorista do caminhão que avançou sobre a multidão em Nice, no sul da França, o descrevem como um homem “solitário” e silencioso”. Em entrevista à agência AFP, os vizinhos dizem que ele não tinha aparência de uma “pessoa religiosa” e usava com frequência shorts. O prédio tem apenas quatro andares e foi alvo de uma operação policial nesta manhã. Uma família relatou que o suspeito nunca respondia aos cumprimentos, quando se cruzavam pelos corredores do imóvel.

Apenas uma moradora do térreo indicou à AFP que achava o homem “suspeito” e não gostava da maneira como ele observava as duas filhas dela. No caminhão com o qual o homem promoveu o atentado, a polícia encontrou documentos no nome de Mohamed Lahouaiej-Bouhlel.

12h40 - O presidente François Hollande acaba de chegar em Nice e segue diretamente para o Centro Operacional Departamental de Alpes-Maritimes, onde fica o comando regional da polícia. Depois, Hollande visitará um hospital onde estão internadas dezenas de vítimas do ataque de quinta-feira. Um pouco mais cedo, o premiê Manuel Valls já havia desembarcado na cidade. O Passeio dos Ingleses, onde ocorreu o ataque, está isolando nesta manhã. Curiosos tentam se aproximar do local, mas são afastados pela polícia.

O presidente francês, François Hollande (Centro) chega para participar de uma reunião na Prefeitura de Nice, 15 de julho de 2016.
O presidente francês, François Hollande (Centro) chega para participar de uma reunião na Prefeitura de Nice, 15 de julho de 2016. REUTERS/Eric Gaillard

12h36 - Países vizinhos da França já reagem ao atentado em Nice com o aumento das medidas de seguraça. A Alemanha vai reforçar o controle das fronteiras com a França, uma medida tomada conjuntamente com as autoridades francesas. Na Inglaterra, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, anunciou que vai “revisar” as medidas de segurança na capital britânica. “Nós revisaremos hoje as medidas, depois deste ataque”, declarou.

12h30 - Governo da Tunísia condena o ataque "covarde" cometido pelo cidadão franco-tunisiano em Nice. O presidente Béji Caïd Essebsi pediu “solidariedade” na luta contra o terrorismo e ofereceu “os sinceros pêsames” à França. “A Tunísia reitera o seu apoio total à França nos esforços para lutar contra o terrorismo”, declarou o presidente, por um comunicado.

12h26 - Estados Unidos e Alemanha confirmam que pelo menos dois americanos e três alemães morreram durante o ataque em Nice, cidade que atrai milhares de turistas estrangeiros durante o verão europeu.

11h45 – Incerteza sobre a identidade do autor do ataque. O jornal Nice Matin indica que o franco-tunisiano que dirigia o caminhão se chamava Mohamed L. B. Já o jornal Le Monde informa que o homem seria tunisiano e possuía um visto de permanência na França.

11h41 - Pelo menos 50 crianças feridas no ataque estão internadas no hospital pediátrico Lanval, o maior da região. No momento do atentado, milhares de famílias acompanhavam o show de fogos de artifício.

11h13 – Uma operação policial está em curso na casa do suspeito de ter avançado contra a multidão que assistia aos fogos de artifício de 14 de Julho, em Nice.

07h - As bandeiras da França estarão a meio mastro nesta sexta-feira. A França amanhece de luto, depois do violento ataque terrorista no sul do país.

10h45 - Nesta manhã, uma reunião de emergência do conselho de defesa francês foi realizada entre o presidente François Hollande, o primeiro-ministro Manuel Valls, ministros e principais chefes militares franceses. Depois da reunião, Valls se pronunciou e declarou que o projeto de lei sobre a prolongação do estado de emergência será analisado na terça-feira no conselho de ministros. Ele também anunciou luto nacional para os dias 16, 17 e 18 de julho. E repetiu: "A França não vai ceder à ameaça terrorista".

9h10 - Vários líderes internacionais já se pronunciaram. O presidente americano, Barack Obama, expressou solidariedade à França e classificou o ataque como "odioso atentado terrorista". A premiê alemã, Angela Merkel, disse que “a Alemanha está ao lado da França na luta contra o terrorismo”. O presidente do conselho europeu, Donald Tusk, classificou o atentado como “um dia triste para a França, para a Europa, para todos”. A nova primeira-ministra inglesa, Theresa May se disse “chocada e preocupada”.

06h05 - A imprensa francesa informa que uma carteira de identidade foi encontrada dentro do caminhão e o documento seria de um francês de origem tunisiana, de 31 anos, natural de Nice. O homem teria diversas passagens pela polícia, por crimes comuns como furtos.

5h55 – Testemunhas que presenciaram o ataque conversaram com a RFI. Aurélie disse que ela, o marido e seus amigos viram pessoas “voando pelos ares” na colisão com o caminhão. “Corremos como pudemos, vimos pessoas feridas caindo, foi horrível, foi um momento de pânico. Quando vimos o caminhão vindo em nossa direção, começamos a correr. Estávamos com nossos filhos pequenos, então foi horrível para eles também. Nós e nossos amigos agarramos as crianças e corremos para a praia. Ouvimos tiros, ficamos com medo que estivessem atirando contra nós. E, quando voltamos, vimos corpos espalhados por tudo, sangue por tudo, gente gritando, ao lado de seus parentes, filhos e amigos mortos. Tentamos fechar os olhos e seguir adiante, mas foi complicado.”

Franck, que estava com a mulher e o filho no local, disse que pensou que o caminhão fosse atingi-los: "O caminhão avançava sobre as pessoas e as esmagava. Pensamos que ele ia nos atropelar. Saí correndo com meu filho para a direita, minha mulher para a esquerda. Por questão de um metro, ela não foi atingida. Vi pessoas esmagadas, cabeças ensaguentadas, membros arrancados. O caminhão era imenso, 15 metros de comprimento, e avançava a mais de 80 quilômetros por hora. Ele levava tudo que encontrava pela frente. Nunca vimos nada parecido em nossa vida.”

4h25 - O ministro do interior, Bernard Cazeneuve, disse que a identificação do motorista do caminhão está sendo investigada, assim como a possibilidade de cúmplices terem ajudado o homem a cometer o ataque. Nas redes sociais, simpatizantes do grupo Estado islâmico comemoram o número de mortos, chamando as vítimas de "infiéis franceses". "Deus é grande!", escreveu um dos militantes do grupo no Twitter.

3h50 - O presidente francês, François Hollande, fez um pronunciamento em cadeia nacional, às 3h45 da manhã local (22h45 em Brasília). Hollande foi o primeiro a falar em atentado terrorista, além de anunciar as primeiras decisões depois do ataque. “Foi a vez de Nice ser atingida, mas é toda a França que está sob a ameaça do terrorismo islâmico. Nessas circunstâncias, devemos dar demonstração de uma vigilância absoluta e de uma determinação infalível. Nada vai ceder nossa vontade de lutar contra o terrorismo. Vamos reforçar nossas ações tanto na Síria como no Iraque. E continuaremos a combater aqueles que em nosso próprio solo nos atacam, em suas bases."

GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP BFM TV / AFP

No pronunciamento, o presidente francês também anunciou que o dispositivo de segurança colocado em prática depois dos atentados de janeiro de 2015, será reforçado e será mantido em seu mais alto nível. Reservistas serão convocados para se unir à operação. Outra medida anunciada nesta madrugada é o prorrogação do estado de emergência na França.

O que aconteceu?

Um homem a bordo de um caminhão-frigorífico avançou sobre a multidão que assistia em Nice, no sul da França, aos fogos de artifício de 14 de Julho, Dia da Queda da Bastilha, principal feriado nacional do país. O ataque, ainda não reivindicado, aconteceu por volta das 22h30, pelo horário local (17h30 em Brasília). O governo francês confirma que o ataque é de caráter terrorista.

A trajetória do caminhão na Promenade des Anglais, Nice, 14 de julho de 2016.
A trajetória do caminhão na Promenade des Anglais, Nice, 14 de julho de 2016. RFI

Imagens captadas e divulgadas por testemunhas mostram um caminhão invadindo a pista e avançando sobre a multidão que se encontrava em um dos locais mais frequentados da avenida beira-mar, a Promenade des Anglais, a mais famosa de Nice, que é uma das cidades mais turísticas e visitadas da Riviera francesa.

Os participantes reunidos para a tradicional festa popular registraram cenas de vários corpos estendidos no chão com muito sangue, revelando a violência do ataque. Os primeiros balanços divulgados indicavam 30 mortos, mas o número foi corrigido na manhã desta sexta-feira (15) para pelo menos 84 vítimas fatais e dezenas de feridos, 18 em estado grave.

Moradores e turistas que testemunharam o ataque relataram momentos de pânico e muita correria quando o caminhão atingiu a multidão. Muitos fizeram referência imediata a um atentado e disseram ter ouvido tiros, mas sem saber de onde partiam os disparos.

Ato premeditado?

Autoridades francesas disseram que uma investigação vai determinar se o motorista do caminhão, abatido pelos policiais, agiu sozinho. Segundo o ministério francês do Interior, dentro do caminhão foram encontradas várias armas além de fuzis e granadas, o que indica que o ato possa ter sido premeditado.

O ministério confirmou durante a noite que nenhum sequestro estava em curso, como chegou a ser divulgado.

Foram registradas também cenas de muita correria e do pânico que tomou conta de quem estava na local. Todo o perímetro da avenida beira-mar foi bloqueado e a orientação das autoridades de segurança era para que os moradores não saíssem de suas casas.

O presidente francês, François Hollande, estava na cidade de Avignon, no interior do país, e voltou imediatamente a Paris para participar de uma reunião de emergência com a cúpula do governo. De madrugada, ele anunciou que o estado de emergência, em vigor no país desde os ataques de 13 de novembro, será prorrogado por três meses.

France24/RFI

 

 

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