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Saúde

França emite novo alerta sobre perigo do uso de celulares por crianças

As ondas eletromagnéticas emitidas por telefones celulares, tablets ou brinquedos conectados podem ter efeitos sobre as funções cognitivas das crianças, especialmente a memória, a atenção e a coordenação. O alerta consta de um relatório divulgado nesta sexta-feira (8) pela Agência Sanitária da França (Anses).

Uso excessivo de tablets e telefones celulares pode prejudicar o desenvolvimento das crianças.
Uso excessivo de tablets e telefones celulares pode prejudicar o desenvolvimento das crianças. Flickr/ Creative Commons
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O relatório abriu um intenso debate na França sobre limitar ou até mesmo proibir o uso de aparelhos conectados por crianças menores de 13 anos. Os especialistas são categóricos: é preciso que os pequenos sejam menos expostos às ondas eletromagnéticas.

Segundo a Anses, os principais efeitos negativos de telefones celulares, tablets ou brinquedos conectados para as crianças são cansaço, dificuldades para dormir, stress e ansiedade. Esses problemas afetariam a memória, a atenção e a coordenação dos indivíduos com menos de 13 anos.

Em contrapartida, a agência enfatiza que "as informações atuais, originárias da literatura internacional, não permitem concluir sobre a existência ou não de efeitos sobre o comportamento, funções auditivas, desenvolvimento, sistema reprodutor, imunitário ou efeitos cancerígenos nas crianças".

Perigo da utilização de celulares

Já sobre o efeito de cansaço e ansiedade, o maior perigo está relacionado à utilização de telefones celulares do que às ondas eletromagnéticas em si emitidas por esses equipamento. O problema é que a proximidade dos aparelhos ao corpo (orelha ou nos bolsos) expõe mais diretamente os usuários.

Alguns estudos associam um uso intenso do aparelho a danos à saúde mental, como depressão e tendência a suicídio. Por isso, a Anses recomenda que se faça um "uso moderado" dos celulares, tanto para adultos como para crianças.

Mas, claro, os pequenos são os que mais sofrem com essa exposição, ressalta o chefe de avaliação do risco relacionado às novas tecnologias da Anses, Olivier Merckel. Algumas áreas do cérebro, principalmente as que ainda estão em desenvolvimento, são mais sensíveis às ondas.

Merckel lembra que crianças muito jovens - com menos de seis anos - são expostas muito cedo, desde o útero, devido à intensa popularização de tecnologias sem fio. Ainda que o especialista não seja favorável à proibição total de utilização de celulares, tablets e equipamentos conectados, ele faz uma recomendação: adiar o máximo a idade da primeira exposição a este tipo de aparelhos.

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