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França

Quatro padres franceses acusados de pedofilia são afastados de suas funções

Quatro padres suspeitos de cometer abusos sexuais de menores na França foram afastados do cargo pelo cardeal da cidade de Lyon, Philippe Barbarin, que seguiu o conselho de um grupo de especialistas, informou a diocese nesta quinta-feira (30). Barbarin, um dos dirigentes mais influentes do episcopado francês, também é alvo de críticas por não ter denunciado os crimes.

O cardeal da cidade de Lyon, Philippe Barbarin, reconheceu erros na gestão e na nomeação de alguns padres de sua diocese.
O cardeal da cidade de Lyon, Philippe Barbarin, reconheceu erros na gestão e na nomeação de alguns padres de sua diocese. ERIC CABANIS / AFP
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De acordo com um comunicado da diocese de Lyon, no sudeste da França, as autoridades judiciárias estão a par de "todos os fatos". A entidade está no centro de um escândalo sobre as revelações de pedofilia que aconteceram na região, há 25 anos.

Barbarin havia se comprometido a publicar as conclusões de um grupo de especialistas encarregados de analisar o caso de alguns padres "cuja situação é problemática, considerando sua atividade pastoral, da lei civil ou canônica", segundo o documento.

O grupo é formado por um juiz, um psiquiatra, um psicanalista, um médico, um especialista em direito canônico, uma assistente social, um pai e uma mãe de família, além de um moderador. No total, antes da decisão, sete reuniões foram realizadas.

Diocese anuncia novas medidas contra pedofilia

Depois da criação do grupo, outros padres da diocese estão sendo "observados". De acordo com a entidade, eles fazem parte dos sacerdotes que já passaram por julgamento.

No comunicado, a diocese indica que novas medidas serão colocadas em prática para lutar contra abusos sexuais nas paróquias. De acordo com o documento, qualquer padre que cometer agressões sexuais contra menores, independentemente da data do crime e da data da descoberta dos mesmos, será afastado de qualquer função religiosa.

Casos de pedofilia ignorados

Barbarin é uma das autoridades religiosas mais importantes da França. As críticas contra o cardeal começaram depois que o padre Bernard Preynat foi considerado culpado de atos pedofilia em janeiro. Os crimes foram cometidos contra escoteiros menores de 15 anos da região de Lyon, há 25 anos.

O cardeal permitiu que o padre continuasse exercendo atividades junto a crianças até agosto de 2015, mesmo após denúncias contra o religioso. Ele garante que "nunca suspeitou de nenhum ato pedófilo".

O caso resultou em um grande escândalo no país e envergonhou a igreja católica francesa. Durante uma reunião com o clericato local em abril, o cardeal reconheceu "erros na gestão e nomeação de alguns padres" e pediu perdão às vítimas.

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