Ataque de black blocs a hospital infantil revolta a França
As manifestações contra a reforma trabalhista do governo, nesta terça-feira (16), foram marcadas por cenas de violência. Nem mesmo a fachada do hospital público Necker em Paris, que atende crianças doentes, foi poupada da ação dos black blocs. Premiê disse que poderá proibir passeatas.
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O protesto deixou pelo menos 29 policiais e 11 manifestantes feridos. Pelo menos 58 participantes foram presos. O tumulto começou pouco depois do início da manifestação na praça da Itália, que reuniu mais de um milhão de pessoas, segundo os organizadores, ou 80 mil, segundo a polícia. Em todo o país, milhares de pessoas foram às ruas.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, denunciou a violência dos manifestantes contra as forças de ordem. Fato raro, a polícia precisou usou jatos água para dispersar a multidão, perto da esplanada dos Inválidos. Quinze pessoas ficaram feridas.
Baderneiros quebram fachada de vidro do hospital Necker
Muitos manifestantes lançaram pedras nos policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo. Os participantes atacaram vitrines de bancos, restaurantes, lojas e até mesmo a fachada do hospital infantil Necker. O local teve a fachada de vidro estilhaçada. O resultado da confusão chocou até mesmo os próprios manifestantes, que questionaram por que a “polícia deixou isso acontecer”.
Premiê francês quer impedir manifestações
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, esteve na manhã desta quarta-feira (15) no hospital para verificar os estragos. É neste hospital que está internado o filho de 3 anos do casal de dois policiais mortos por um jihadista do grupo Estado Islâmico nesta segunda-feira. O menino presenciou a morte da mãe em casa e foi encontrado em estado de choque pela polícia.
O premiê ameaçou proibir as manifestações em Paris depois dos incidentes e criticou o sindicato CGT, o maior da França. Em entrevista à rádio francesa France Inter, o primeiro-ministro acusou o sindicato de ter uma postura "ambígua" em relação aos black blocs. "Se não somos capazes de organizar uma manifestação, melhor não organizá-la", declarou.
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