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França/atentados

Novo ataque terrorista perto de Paris coloca França em alerta

O assassinato de um policial e de sua companheira nesta segunda-feira (13), perto de Paris, sete meses depois dos ataques de 13 de novembro, aumenta o temor de novos atentados na França. O ato acontece em plena Eurocopa, dois dias depois do massacre em Orlando, que deixou 49 mortos e 50 feridos.

Local onde ocorreu o assassinato do policial francês nesta segunda-feira
Local onde ocorreu o assassinato do policial francês nesta segunda-feira REUTERS/Reuters TV
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“Trata-se incontestavelmente de um ato terrorista”, declarou nesta terça-feira (14) o presidente François Hollande, depois de uma reunião de emergência no palácio do Eliseu com o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os ministros do Interior e da Justiça, Bernard Cazeneuve e Jean-Jacques Urvoas. O presidente francês voltou a dizer que o país está sob forte ameaça, e afirmou que o grupo Estado Islâmico reivindicou o ataque. Dois suspeitos foram detidos para interrogatório nesta terça-feira.

Nesta manhã, durante uma reunião na Assembleia Nacional, Valls declarou que a França está em guerra contra o terrorismo e é preciso continuar a luta. “É um combate difícil, que nós venceremos, mas é preciso tempo. Tratam-se de indivíduos nascidos na França, fichados por delinquência, mas que agem nos bastidores, respondendo a ordens do grupo Estado Islâmico para atacar os franceses, de formas diferentes”, declarou.

O atentado aconteceu nesta segunda-feira às 21h, quando o homem, identificado como Larossi Abballa, matou a facadas Jean-Baptiste Salvaing, 42 anos, chefe de polícia da delegacia de Mureaux, e se escondeu em seguida na casa da vítima, na cidade de Magnanville. Morto durante uma operação da tropa de elite francesa, ele também havia assassinado a esposa do policial, cujo corpo foi encontrado no fim da ação. O filho dos dois, de três anos, mantido como refém, estava na casa, mas não ficou ferido. Ele foi achado em estado de choque e hospitalizado.

Ministro visita delegacia onde policial trabalhava

A divisão antiterrorista na França abriu um inquérito para investigar o caso. Em visita à delegacia de Mureaux, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, declarou que o objetivo agora é descobrir os cúmplices de Aballa que estariam prontos para novas ações em território francês.

Aballa era originário de Mantes-la-Jolie, na França, e já havia sido condenado em 2013 por participar de uma célula jihadista entre a França e o Paquistão. Ele foi julgado com outros três suspeitos e condenado a três anos de prisão, por “formação de quadrilha com o intuito de preparar atos terroristas”. O objetivo do grupo era promover o recrutamento na França, “a formação física e ideológica” e o envio ao Paquistão de jovens voluntários à Jihad.

Seu nome também foi citado em uma investigação sobre uma célula extremista na Síria, mas não foram obtidos maiores detalhes sobre seu envolvimento. Em novembro de 2015, o grupo Estado Islâmico divulgou um vídeo ameaçando a França de novas ações em seu território.

 

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