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França/Eurocopa

Londres alerta para riscos de atentados em estádios da Eurocopa

O ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha advertiu nesta terça-feira (7) os torcedores que viajarão para a França que existe "um alto risco" de atentados terroristas nos estádios que vão sediar jogos da Eurocopa 2016. Às vésperas da abertura da competição, na próxima sexta-feira (10), a França vive em clima de tensão. Além da questão da segurança, os ferroviários franceses, em greve há uma semana, ameaçam continuar o movimento se suas reivindicações não foram atendidas.

Policiais franceses fazem patrulha nas imediações da Torre Eiffel, antes do início da Eurocopa 2016, em Paris, França, 07 de junho de 2016.
Policiais franceses fazem patrulha nas imediações da Torre Eiffel, antes do início da Eurocopa 2016, em Paris, França, 07 de junho de 2016. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O Foreign Office, o Ministério das Relações Exteriores britânico, afirmou em comunicado que "há um alto risco de terrorismo" durante a Eurocopa. Além dos estádios, outras áreas de muito movimento, como áreas de torcida e a rede de transporte público, também representam alvos potenciais de ataques, acredita Londres.

Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte são os representantes britânicos na competição, que será disputada em toda a França de 10 de junho a 10 de julho. O Stade de France, na periferia parisiense, foi um dos alvos dos atentados coordenados que deixaram 130 mortos em Paris, em novembro de 2015. Três homens-bomba se explodiram do lado de fora do estádio, durante um amistoso entre a França e a Alemanha, deixado um morto e vários feridos graves. Os atentados foram organizados pelo grupo Estado Islâmico.

"Por conta das ameaças contínuas à França de grupos terroristas islâmicos e a recente intervenção militar francesa contra o EI, o governo francês pediu ao público que permaneça particularmente atento", recordou o Foreign Office.

Policiais estrangeiros vão reforçar segurança

Cento e oitenta policiais estrangeiros vão participar da Eurocopa, ajudando os franceses a impedir que os hooligans provoquem violências nos jogos. Os agentes foram enviados pelos 23 países europeus que participam da competição, informou o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve. Nesta terça-feira foi inaugurado, na região parisiense, o Centro de Cooperação Policial Internacional, encarregado de coordenar o comando e a transmissão de informações durante todo o evento.

Os policiais estrangeiros conhecem as torcidas violentas de seus países e poderão antecipar e prevenir tumultos, acredita o ministro. O governo francês proibiu a entrada no território de mais de 2 mil torcedores violentos de vários países.

Ao todo, para prevenir a violência nos estádios e a ameaça terrorista, 90 mil pessoas vão garantir a segurança da Eurocopa. “Um esforço sem precedentes”, afirmou Cazeneuve.

Greve dos ferroviários

Após 19 horas de negociações, sindicatos e a direção da Rede Ferroviária Francesa (SNCF) chegaram a um acordo na noite de segunda-feira (6) sobre mudanças no estatuto e da jornada de trabalho dos funcionários para por fim a greve da categoria, iniciada há uma semana. Mas o texto não agradou os ferroviários que votaram hoje pela continuidade do movimento.A paralisação já custou mais de € 300 milhões à estatal SNCF.

A três dias da abertura da Eurocopa, com jogos previstos em 10 cidades francesas, a greve, que perturba o tráfego ferroviário em todo o país, preocupa as autoridades. O presidente François Hollande fez concessões aos grevistas, mas está sendo criticado por ter esvaziado o projeto original de reforma, necessário para reduzir as dívidas da empresa e aumentar a competitividade da estatal.

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