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Cientistas franceses se unem em protesto contra cortes no orçamento de pesquisas

O mundo científico francês mostrou nesta terça-feira (24) sua indignação perante o projeto de lei que prevê realizar cortes severos nas verbas para pesquisas científicas. Eles pediram para que o governo retire o projeto de lei.

Pesquisas científicas na França podem ser ameaçadas por cortes de verbas. Governo garante que vai dispor recursos para todos os projetos em execução.
Pesquisas científicas na França podem ser ameaçadas por cortes de verbas. Governo garante que vai dispor recursos para todos os projetos em execução. Getty images/Monty Rakusen
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O protesto dos acadêmicos ganhou apoio das comissões de finanças da Assembleia Nacional e do Senado francês, que deveriam se pronunciar sobre a questão. A Comissão de Finanças da Assembleia Nacional se posicionou em desacordo aos cortes previstos pelo governo sobre parte dos fundos, num total de € 114 milhões. Já a comissão do Senado emitiu um parecer completamente desfavorável ao projeto.

Para financiar diferentes medidas do governo, foi realizado um projeto de lei que propõe a redução de € 1,1 milhão em 2016, sendo que a Missão Interministerial de Pesquisa e Ensino Superior deveria contribuir com um quarto deste montante, o que representaria € 256 milhões em anulações de crédito – metade disso relativo a subvenções alocadas em organismos de pesquisa.

Prêmios Nobel repudiam cortes

Na segunda-feira (23), sete prêmios Nobel e um cientista agraciado pela medalha Fields lamentaram a decisão do governo em promover estes cortes, que eles classificaram como um “suicídio científico e industrial”. A indignação dos cientistas foi ainda maior porque, na segunda-feira (23), o governo alemão anunciou um aumento nas verbas de pesquisa de 75% nos próximos dez anos.

A secretária de estado da Educação, Ensino Superior e Pesquisa, Najat Vallaud-Belkacem, afirmou que os cortes “não terão qualquer impacto sobre os organismos de pesquisa”.

“Eu assumo um compromisso aqui: se os € 134 milhões fizerel falta para a realização de projetos de pesquisa, eu tomarei medidas necessárias para injetar mais dinheiro na realização dos trabalhos”, prometeu.

Ela disse ainda que, em junho, um investimento suplementar de € 65 milhões irá permitir que a Agência Nacional de Pesquisa “consiga desenvolver tranquilamente seus projetos para 2016”.

(Com informações da AFP)

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