Avião da Egyptair desaparece entre Paris e cidade do Cairo
Um avião da companhia egípcia EgyptAir, que fazia a ligação entre Paris e a cidade do Cairo, desapareceu na madrugada desta quarta-feira (18) com 66 pessoas a bordo quando sobrevoava o Mediterrâneo. O Airbus 320 sumiu dos radares perto da costa grega.
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O voo MS 804, um Airbus A320, decolou do aeroporto parisiense Charles de Gaulle às 23h09 dessa quarta-feira (18), pelo horário local, e sumiu dos radares às 2h45, quando estava a 11 mil metros de altitude, sobrevoando o mar Mediterâneo, logo depois de entrar no espaço aéreo egípcio. O tempo era bom na região e os pilotos experientes. Segundo a Egyptair, o aparelho emitiu um sinal de socorro, que pode ter sido acionado pelas caixas-pretas.
O último contato do avião foi com uma torre de controle grega, dez minutos antes do seu desaparecimento. Controladores aéreos gregos disseram ter conversado com o piloto, que tinha 6 mil horas de voo, e ele não notificou qualquer problema. Dois minutos depois de entrar no espaço aéreo egípcio, o Airbus sumiu dos radares.
Marinhas da Grécia e do Egito buscam destroços no Mediterrâneo
Navios das marinhas egípcia e grega fazem buscas na área. Nenhuma hipótese sobre as causas desse desaparecimento está descartada. Mas a mais provável, evocada por especialistas, é a de explosão súbita no ar, provocada por uma bomba introduzida no aparelho, em Paris ou durante uma escala anterior do avião. Outras pistas, menos prováveis, são um problema técnico no aparelho e um disparo de míssil.
O voo MS 804 levava 56 passageiros, sete tripulantes e três agentes de segurança da companhia aérea. Uma criança e dois bebês estavam entre os passageiros de várias nacionalidades: 30 egípcios, 15 franceses, um português, um britânico, um canadense, um argelino, um sudanês, um chadiano, dois iraquianos, um saudita e um kuaitiano. Portanto, nenhum brasileiro a bordo, segundo as primeiras informações.
O presidente francês, François Hollande, faz uma reunião de crise com vários ministros, nesta manhã, em Paris. Hollande conversou por telefone com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi. Os dois líderes acertaram estreita colaboração nas investigações. O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse que nenhuma hipótese sobre as causas da provável catástrofe está descartada.
Comandante de navio viu 'chama no ar'
O vice-presidente da Egyptair, Ahmed Adel, declarou que o piloto não tinha nenhum problema. Segundo uma fonte próxima do Ministério da Defesa grego, o capitão de um navio que estava na região afirmou ter visto uma flama no ar, a 130 milhas náuticas ao sul da ilha grega de Cárpatos, entre as ilhas de Creta e Rhodes. As autoridades de Atenas abriram uma investigação.
No mês de março, um voo da EgyptAir que seguia de Alexandria para o Cairo foi sequestrado e desviado para Chipre por um homem que queria se reunir com a ex-mulher. O sequestrador se entregou seis horas depois sem deixar vítimas. Em outubro de 2015, o grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a derrubada de um voo charter de uma companhia russa que retornava com turistas da cidade de Sharm el-Sheikh, matando as 224 pessoas a bordo.
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