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França/refugiados

Cidade francesa inaugura campo de refugiados humanitário

A ONG Médicos Sem Fronteiras e a prefeitura de Grande-Synthe, no norte da França, inauguraram nesta segunda-feira (7) o primeiro alojamento para migrantes que obedece a padrões internacionais.  

As moradias do campo humaintário em Dunkerke.
As moradias do campo humaintário em Dunkerke. RFI/Guilhem Delteil
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O novo campo humanitário de la Linière, situado na Grande-Synthe, fica na periferia de Dunquerque. No terreno foram instalados 220 chalés de madeira aquecidos, com capacidade para 2.500 pessoas. A área foi dividida em seis zonas, com duchas e banheiros. No local, também está prevista a construção de cozinhas comunitárias e de uma escola, além de outros espaços. A gestão será feita por cem voluntários de uma associação humanitária, a Utopia56, com supervisão dos membros da Médico Sem Fronteiras.

O campo, explica Angélique Muller, representante da ONG, também tem uma enfermaria. “É uma pequena vila, com o objetivo de recepcionar os imigrantes que vivem em condições de higiene inadmissíveis”, explica. “Com essa estrutura, poderemos recebê-los, mesmo que temporariamente, em um local de qualidade, para que possam em seguida fazer seguir seu caminho, mas em boas condições”, declarou.

Cerca de 200 pessoas já estão se instalando no local. Elas chegaram hoje em quatro ônibus, vindos do campo vizinho ilegal conhecido como Basroch, onde cerca de 1050 pessoas vivem em condições precárias, entre elas 60 mulheres e 74 crianças. A maioria dos habitantes são curdos e iraquianos.

O campo não será fechado com cercas ou grades.  “Não estamos em uma prisão”, disse o prefeito de Grande-Synthe, Damien Carême. De acordo com ele, o alojamento “supre uma falha do Estado francês”. O prefeito declarou que não suportava mais ver as imagens de mulheres e crianças vivendo em péssimas condições no campo de Basroch. A iniciativa foi criticada pelo secretário de Segurança Pública da região, Jean François Cordet, que apelidou o local de “campo da vergonha”.

Governo francês quer evitar proliferação de acampamentos de refugiados

O governo francês quer evitar a qualquer preço a proliferação de acampamentos de refugiados no país, temendo que eles se tornem atraentes para novos candidatos a asilo. A política do Estado é separar os migrantes, oferecendo soluções individualizadas ou em pequenos grupos. Espalhados pelo país, eles chamam menos a atenção, têm mais dificuldade de se organizar e não podem ser utilizados como argumento eleitoral pela extrema-direita nas próximas eleições presidenciais de 2017.

 

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