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Usinas nucleares francesas não respeitam regras de segurança

O jornal francês Libération desta sexta-feira (4) traz na capa uma reportagem especial sobre a questão da segurança nas usinas nucleares francesas cinco anos após a tragédia de Fukushima, no Japão, e 30 anos após o acidente de Chernobyl, na antiga União Soviética. 

Usina nuclear francesa de Cattenom, em Moselle
Usina nuclear francesa de Cattenom, em Moselle EDF
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Segundo o jornal, essas instalações na França enfrentam diversos problemas: ações na justiça, relatórios alarmantes, inquietação dos países vizinhos e problemas financeiros. Tudo isso no contexto de que o governo pretende prolongar o tempo de vida das usinas por mais dez anos.

Na quinta-feira (3), Luxemburgo apresentou à Comissão Europeia uma queixa contra a usina francesa de Cattenom, em Moselle, um departamento localizado na região da Lorena. A reclamação é baseada em um relatório realizado pelo Partido Verde da Alemanha, que coloca em dúvida a segurança da instalação.

Ela não estaria seguindo as novas regras europeias criadas após o acidente de Fukushima. Em diversos pontos, a usina não passa no controle técnico, como na resistência das infraestruturas em caso de inundação, de terremoto ou de um avião lançado sobre o reator.

Carta para a ministra francesa do Meio-Ambiente

O relatório afirma que, se a usina estivesse instalada em solo alemão, ela seria fechada. Além disso, a instalação já sofreu incidentes. Em 2013, alguns meses após o incêndio de um transformador elétrico, a central verteu várias dezenas de metros cúbicos de ácido clorídrico na zona.

A ministra alemã do meio-ambiente e a ministra luxemburguesa da saúde estão preparando uma carta para enviar à ministra francesa do meio-ambiente, Segolene Royal, para lembrar a França das suas obrigações na questão da segurança nuclear.

O governo do cantão suíço de Genebra, que faz fronteira com a França, entrou com um processo contra a central nuclear de Bugey, na região francesa de Auvergne-Rhône-Alpes, por riscos à população e por poluição da água. A advogada responsável pela causa disse que a ação foi ajuizada na última quarta-feira em Paris. A usina está situada a 70 km da cidade de Genebra.

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