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Paris/turismo

Temendo atentados, turistas estrangeiros somem de Paris

O setor do turismo ainda contabiliza as perdas depois dos ataques terroristas de 2015. Uma ajuda de cerca de € 1 bilhão poderá ser desbloqueada nas próximas semanas para voltar a atrair os visitantes, segundo o jornal Le Parisien

O teatro do Chatelet, em Paris, na França
O teatro do Chatelet, em Paris, na França Wikimedia Commons/Jean-Marie Hullot
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Paris pode perder o trono em 2016 de uma das capitais mais visitadas do mundo depois dos atentados do 13 de novembro. A queda registrada em novembro e dezembro nos hotéis, restaurantes e castelos parisienses é de cerca de 5,5%, segundo profissionais do setor.

De acordo com o vice-presidente da região encarregada da ação internacional e do turismo, David Douillet, ainda é cedo para “quantificar” em sua totalidade o impacto dos atentados. Mas, na espera do rombo, a entidade já trabalha na criação de um fundo de emergência de cerca de € 1 bilhão, que poderá ser desbloqueado nas próximas semanas. O setor do turismo representa pelo menos 500 mil empregos diretos e indiretos na região parisiense.

Segundo o jornal francês, a associação entre Paris e o terrorismo, divulgada à exaustão na mídia, contribuiu para esse cenário. Japoneses (-22,8%), russos (-37,5%), italianos (-17,3%) e holandeses (-9,6%) foram algumas das nacionalidades mais afetadas. Os chineses, que continuam a visitar a capital, “evitaram uma catástrofe”, segundo o Le Parisien. Lembrando que os franceses de outras regiões representam o maior número de visitantes de Paris.

Prefeita de Paris vai a Tóquio

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, acompanhada de profissionais do setor, deverá viajar no final do mês à capital da japonesa para tranquilizar os japoneses, acostumados à segurança e amedrontados com os ataques terroristas.

Na opinião de Jérôme Courbier, autor do livro “Turismo em Perigo: como a França pode voltar a seduzir”, não são apenas os atentados os culpados por essa baixa. De acordo com ele, “é inacreditável”, por exemplo, que o aeroporto Roissy Charles de Gaulle não seja administrado e ligado diretamente a Paris. “Sem contar a insegurança dos turistas na Torre Eiffel ou sujeira das ruas”, observa.

A cidade luz agora espera pelo Euro 2016 para inverter essa situação que afeta diretamente sua economia. Nova York, por exemplo, demorou quatro anos para receber o mesmo número de turistas antes dos ataques do 11 de setembro de 2001.

 

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