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França/Ameaças

Polícia detém jovem suspeito de ameaças de bomba em escolas da França

Um jovem foi detido nesta segunda-feira (8) perto da cidade de Dijon, nordeste da França, por suspeita de envolvimento nas ameaças terroristas a escolas francesas. Mais cedo, depois de novos alertas de bomba, centenas de pessoas foram retiradas de dois estabelecimentos de ensino de Belfort.

Investigadores suspeitam que falsas ameaças de bomba tenham sido encomendadas pelos próprios estudantes.
Investigadores suspeitam que falsas ameaças de bomba tenham sido encomendadas pelos próprios estudantes. Martin Bureau/AFP
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Segundo a polícia, o francês de 18 anos foi detido para interrogatório depois que os investigadores descobriram que o endereço IP de seu computador estava relacionado às ameaças enviadas. O rapaz teve seus aparelhos eletrônicos apreendidos, mas seu papel nas ameaças anônimas a escolas ainda não foi determinado.

De acordo com a polícia, o rapaz tem "o perfil de um hacker". As autoridades francesas informaram que o jovem deve ser levado até Paris, onde são realizadas as investigações sobre o caso.

Entre o dia 26 de janeiro e 1° de fevereiro, vários estabelecimentos de ensino da França, do Reino Unido e da Austrália receberam ameaças anônimas por telefone. As ações tinham sempre a mesma estratégia: avisar que uma bomba havia sido colocada no local e dizer que todos iriam morrem.

Em todas as ocasiões, as escolas eram esvaziadas e as aulas eram suspensas, enquanto a polícia vasculhava os locais. Em nenhum dos casos, as autoridades encontraram bombas nos estabelecimentos vítimas de ameaças.

Duas escolas recebem ameaças no nordeste da França

Até o momento, na França, apenas escolas da região parisiense e de Lyon, no sudeste do país, haviam recebido os alertas de bomba. Nesta segunda-feira (8), dois estabelecimentos de ensino do nordeste tiveram que ser isolados às pressas.

Cerca de 2 mil pessoas foram retiradas do Liceu de Belfort e centenas do Colégio de Montreux-Château, na fronteira da França com a Suíça. A polícia nacional, municipal, especialistas em desminagem e os bombeiros trabalharam o dia inteiro nos locais, sem encontrar qualquer indício de bomba. No final da tarde, as autoridades retiraram o alerta terrorista nas escolas.

Investigadores não descartam possibilidade de que ameaças sejam trote

Na semana passada, o autoproclamado grupo de internautas Evacuation Squad (Brigadas da Evacuação, em português) reconheceu a uma jornalista da Austrália ser autor das ameaças a bomba das últimas semanas com dois principais objetivos: diversão e caos. Os investigadores trabalham com a possibilidade de que as ações tenham sido encomendadas pelos próprios estudantes das escolas ameaçadas.

Em entrevista a uma jornalista australiana, a organização, que conta com ao menos seis hackers iranianos e russos, explicou que as ameaças são enviadas pela internet em formato de mensagens vocais, utilizando códigos de acesso de contas roubadas do programa VoIP. As ações acontecem mediante um pagamento ao grupo, que varia de US$ 5 a US$ 10.

"Detestamos o governo americano. Detestamos autoridade. Adoramos o caos", declarou o suposto líder das Brigadas da Evacuação, Viktor Olyavitch, à jornalista australiana. Segundo ele, a organização encara as ameaças a bombas às escolas como "uma brincadeira".

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