Luta contra terrorismo é desafio da França em 2016, diz Hollande
O ano de 2016 será marcado na França pela ameaça terrorista e pela luta contra o desemprego. A promessa foi feita pelo presidente francês, François Hollande, durante sua mensagem de Réveillon transmitida pela televisão na noite desta quinta-feira (31).
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O presidente começou seu tradicional discurso de fim de ano homenageando as vítimas dos atentados que atingiram a França em 2015. “Nós acabamos de viver um ano horrível”, disse o chefe de Estado. “Mas não acabamos com o terrorismo e a ameaça continua em seu mais alto nível”, alertou.
A França, que continua em estado de emergência desde os atentados que deixaram 130 mortos em novembro, deve continuar sua ofensiva contra o grupo Estado Islâmico, que reivindicou os ataques em Paris. Sobre o assunto, o presidente declarou que seu “primeiro dever” é “proteger os franceses”, e isso passa por uma ação contra “a raíz do mal, na Síria e no Iraque”, onde o líder pretende prosseguir sua ação militar.
Hollande também confirmou sua vontade de introduzir na Constituição a possibilidade de retirar o passaporte francês daqueles que possuem dupla nacionalidade e que forem condenados por crimes que coloquem em risco a nação. O projeto é polêmico e vem sendo amplamente criticado, inclusive por membros de seu próprio partido.
Luta contra o desemprego é prioridade
Outro tema lembrado nos menos de dez minutos de discurso de Hollande foi a economia e a luta contra o desemprego. Segundo o presidente, essa é a sua “primeira prioridade” para 2016 e um plano de formação para tentar resolver parte do problema deve ser lançado durante o ano.
A taxa de desemprego atingiu 10,2% da população ativa no terceiro trimestre de 2015. Esse é o nível mais alto já alcançado desde 1997. O chefe de Estado havia prometido que, se não conseguisse diminuir o número de desempregados no país, não tentaria se reeleger em 2017.
Hollande concluiu seu discurso dizendo que 2015 foi um ano de sofrimento e de resistência. “Vamos fazer de 2016 um ano de bravura e esperança.”
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