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Previsões não confirmam favoritismo de Frente Nacional em pleito regional na França

Apesar de ter liderado as pesquisas de opinião durante meses, as últimas pesquisas de opinião não confirmam as previsões de vitórias significativas e inéditas para o partido Frente Nacional (FN), de extrema-direta, no segundo turno das eleições regionais na França, neste domingo (13). Os resultados serão determinantes para as eleições presidenciais, que acontecem daqui a 18 meses. 

Cartazes de candidatos às eleições regionais em Nord-Pas-de-Calais-Picardie.
Cartazes de candidatos às eleições regionais em Nord-Pas-de-Calais-Picardie. REUTERS/Pascal Rossignol
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A incógnita FN é traduzida na previsão de Bruno Jeanbart, do instituto OpinionWay, para quem o partido de Marine Le Pen pode levar de “zero a cinco regiões”. O resultado é imprevisível na maior parte das regiões, com dois duelos, dez triangulares (três candidatos na disputa) e uma quadrangular. O sucesso da Frente Nacional vai depender do desempenho da direita e da esquerda.

Personagens principais da FN têm maiores chances

A FN obteve seus melhores resultados nas regiões em que se apresentaram suas principais figuras: Marine Le Pen, presidente do partido; Marion Maréchal-Le Pen, sua sobrinha e neta do líder histórico da extrema direita, Jean-Marie Le Pen, e Florian Philippot, vice-presidente e considerado o estrategista da FN.
Na região de Nord-Pas-de-Calais, Marine Le Pen enfrentará o candidato da oposição de direita, o ex-ministro Xavier Bertranf (Os Republicanos), ao que ultrapassou amplamente no primeiro turno (40,64% e 24,96%, respectivamente).

Bertrand espera atrair votos da esquerda após a saída do candidato socialista, Pierre de Saintignon (18,12%), e a eliminação dos ecologistas e comunistas - que não alcançaram os 10% de votos necessários para passar ao segundo turno - e que farão oposição à FN.

Na região da Provença-Alpes-Costa Azul (sudeste), a configuração é a mesma: Marion Maréchal-Le Pen também obteve mais de 40% dos votos no primeiro turno, passando o candidato de direita, o prefeito de Nice, Christian Estrosi (26,48%), e a lista socialista se retirou.

Mas ela tem uma vantagem a mais: para Estrosi, será difícil atrair os votos dos eleitores da esquerda (23%, somando os resultados do Partido Socialista e de outras listas de esquerda), pelo fato de que, já há algum tempo, tem assumido posições de direita mais duras.

Na região da Alsácia-Champanhe-Ardena-Lorena (nordeste), Florian Philippot obteve 36% dos votos e pode esperar uma vitória, dado que o segundo turno será triangular. O candidato socialista, em terceira posição, recusou-se a acatar a ordem de seu partido e manteve sua lista.

Resultados incertos em outras três regiões

O resultado do segundo turno é incerto em outras três regiões em que a FN liderou até agora, mas que contarão com três candidatos no segundo turno e, em uma quarta, em que teve uma vitória acirrada o candidato de oposição da direita.

Em Borgonha-Franco-Condado (leste), a FN ultrapassa por sete e oito pontos a direita e os socialistas, mas poderia se beneficiar com o mantimento de seus dois adversários. Em Languedoque-Rossilhão-Sul-Pirineus, o Partido Socialista (PS) esperar permanecer na região graças a uma forte reserva de votos de outras listas de esquerda e o mantimento da direita, embora tenha sido ultrapassado amplamente no primeiro turno pelo candidato da FN.

A situação é muito semelhante na região do Vale de Loire. Finalmente, a Normandia é a região em que o resultado é mais incerto, dado que os candidatos de direita, da FN e dos socialistas obtiveram resultados mais próximos no primeiro turno.

Região parisiense e de Lyon têm embates entre esquerda e direita

Apesar de ter ficado para trás no primeiro turno, o PS tem esperanças de vencer na região de Paris (Île de France), que governa há 17 anos, atraindo os votos de outras listas de esquerda, no segundo-turno, que totalizarão mais de 16%. Na região leste, em que Lyon é a capital (Auvérnia-Ródano-Alpes), a direita lidera os resultados do primeiro turno, mas também com menos reservas de votos possíveis em relação aos socialistas.

 

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