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COP 21

Hollande diz que COP 21 não tem o direito de fracassar

Em seu discurso de abertura da Conferência do Clima, em Paris, o presidente francês, François Hollande, disse que a COP 21 é "uma imensa esperança que não temos o direito de fraudar".

François Hollande recepciona Barack Obama na abertura da COP 21, no parque de exposições de Le Bourget.
François Hollande recepciona Barack Obama na abertura da COP 21, no parque de exposições de Le Bourget. REUTERS/Christian Hartmann
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Nunca uma conferência da ONU reuniu tantos chefes de Estado e de Governo, cerca de 150, enfatizou o presidente francês. Essa presença massiça é justificada pelo desafio gigantesco que representa o aquecimento global e não há margem para erros, afirmou Hollande.

O líder socialista lembrou que, no dia 12 de dezembro, um acordo deve ser firmado e para que esse documento tenha credibilidade, é preciso estabelecer medidas juridicamente vinculantes. Porém, com responsabilidades diferenciadas de acordo com o grau de desenvolvimento dos países.

Para Hollande, "um bom acordo" deve fixar uma trajetória de redução de emissões de gases de efeito estufa que limite o aquecimento do planeta a 2°C ou até 1,5°C, se possível. O documento deve conter um mecanismo de revisão a cada cinco anos.

Hollande reafirmou que os países desenvolvidos devem ajudar os emergentes a financiar a transição energética, com transferência de tecnologia para a produção de energias limpas. Para Hollande, a competição econômica que prevaleceu até hoje deve ser substituída por um modelo de maior cooperação com os países do sul.

Obama e Xi Jinping negociam termos do acordo

Em uma primeira reunião de trabalho nesta manhã, os presidentes da China e dos Estados Unidos, os dois países que mais poluem o planeta, discutiram suas propostas para a COP 21. Ao lado do líder chinês Xi Jinping, Barack Obama afirmou que Pequim e Washington "assumirão suas respectivas responsabilidades na luta contra o aquecimento global". Mas o secretário de Estado americano, John Kerry, reafirmou um pouco mais cedo que a Casa Branca não vai aceitar um acordo juridicamente vinculante.

Antes do início dos painéis de trabalho, os líderes mundiais fizeram um minuto de silêncio em homenagem às 130 vítimas dos atentados de Paris. O presidente Hollande agradeceu, em nome do povo francês, as demonstrações de amizades recebidas, destacando que os ataques foram a pior agressão sofrida pela França desde a Segunda Guerra Mundial.

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