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Migrantes/França

Cerca de 300 migrantes de Calais são enviados a centros provisórios de acolhimento

Dezenas de migrantes aceitaram deixar o acampamento de Calais, no norte da França, e foram transferidos na manhã desta quarta-feira (28) a centros provisórios de acolhimento, organizados em colônias de férias. Ao todos, seis ônibus da prefeitura saíram do precário alojamento levando 293 pessoas, a maioria migrantes do Sudão.

Migrantes deixam acampamento da New Jungle em Calais em 27 de outubro de 2015.
Migrantes deixam acampamento da New Jungle em Calais em 27 de outubro de 2015. AFP PHOTO / PHILIPPE HUGUEN
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Os migrantes estão sendo alojados em diversas colônias de férias do país, vazias durante o inverno na França.

A decisão de deixar a cidade Calais foi voluntária. Depois de um intenso trabalho de assistentes sociais, os migrantes foram convencidos a abandonar o acampamento, apelidado de New Jungle, ou "Nova Selva", em português, e dissuadidos da ideia de entrar a qualquer preço no Reino Unido.

Nas últimas semanas, o número de migrantes no acampamento de Calais passou de 3 mil a 6 mil. "Não posso mais viver nessas condições, é muito difícil, somos tratados como cachorros aqui", disse Mohamed, sudanês de 27 anos, à um repórter a AFP em Calais.

De acordo com as autoridades locais, nos alojamentos provisórios, os migrantes receberão assistência e poderão fazer pedidos de asilo para permanecer na França. Se forem aceitos, eles serão, em seguida, transferidos a um centro de requerentes de asilo.

"A vida dos migrantes será cada vez mais difícil devido ao reforço das medidas", explicou o vice-prefeito de Calais, Denis Gaudin, nesta manhã.

Boa iniciativa

A operação de transferência dos migrantes do acampamento de Calais para os alojamentos provisórios aconteceu com calma e foi acompanhada por representantes de associações, que elogiaram a iniciativa. "É uma boa solução para começar a resolver o problema", avaliou Jean-Claude Lenoir, da associação Salam.

O sudanês Ishak, de 35 anos, diz estar aliviado com a saída de Calais. "Fazia três meses que estava lá e estou feliz de poder me mudar a um centro de acolhimento. Nos explicaram que poderemos ficar na França e até mesmo fazer um pedido de asilo", comemorou.

Nassedine, sudanês de 23 anos, contou à AFP que desistiu de tentar entrar na Inglaterra. "As condições de vida eram muito difíceis na Jungle, onde vivi durante seis meses, em condições perigosas", contou, esperançoso de poder obter direito de residência na França.

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