Justiça francesa investiga fundo que tinha DSK como administrador

A justiça francesa abriu em julho uma investigação preliminar por uma denúncia de fraude apresentada por um ex-acionista de um fundo que tinha entre seus administradores o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn, informou nesta sexta-feira (16) uma fonte judicial. "Nessa etapa é prematuro prever o futuro desta investigação", advertiu a fonte.

Dominique Strauss-Kahn é investigado por fraude REUTERS/Pascal Rossignol

A denúncia, apresentada por um ex-acionista da empresa de investimentos LSK, diz respeito a infrações que podem ter sido cometidas em Luxemburgo, Chipre e Mônaco. Por isso há controvérsia sobre a competência jurisdicional da justiça francesa, como já afirmaram os advogados de Strauss-Kahn.

Porém o denunciante alega que, dos quatro administradores da LSK, dois são de nacionalidade francesa e que a empresa era cotada no índice Euronext, que tem sede em Paris, o que justificaria a intervenção da justiça francesa.

Cargo operacional

Também será necessário verificar se o ex-diretor do FMI tinha um cargo operacional na empresa, o que sua defesa nega. Ott afirma ter investido € 500 mil euros no capital da LSK, com base em um relatório sobre a situação financeira da empresa que não correspondia à realidade.

Ott apresentou em 30 de junho em Paris uma denúncia por "fraude, abuso de bens sociais e falsificação" contra os ex-diretores da LSK. Dominique Strauss-Kahn desejava transformar a LSK em um fundo especulativo de US$ 2 bilhões. Mas o grupo declarou falência em novembro de 2014, poucas semanas depois do suicídio em Tel Aviv de seu fundador, Thierry Leyne. O ex-diretor do FMI havia deixado a presidência do grupo alguns dias antes.