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França/Israel

Após polêmica, prefeitura de Paris decide manter o evento "Tel Aviv no Sena"

A prefeitura de Paris decidiu não cancelar o evento Tel Aviv sur Seine (Tel Aviv no Sena), parte da programação do Paris Plages, que transforma as margens do rio Sena em uma "prainha", após uma onda de protestos da comunidade palestina e de alguns políticos.

O Paris Plages vai abrigar um evento em homenagem a Tel Aviv
O Paris Plages vai abrigar um evento em homenagem a Tel Aviv Reprodução Twitter
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O evento, que acontece na próxima quinta-feira (13) com atrações musicais e gastronomia da cidade israelense, foi chamado de "indecente" pela vereadora Danielle Simonnet, da Frente de Esquerda. "Tel Aviv não é Copacabana. Tel Aviv é a capital de Israel", afirmou a vereadora, cuja crítica é baseada no que considera a política injusta e violenta de Israel contra a Palestina. "Tenho receio que haja problemas de violência durante o evento e acho também que enviamos uma mensagem muito ruim para as pessoas."

Já o secretário-adjunto da prefeitura de Paris, Bruno Julliard (Partido Socialista), disse que cancelar o evento seria dar razão aos mais radicais. Sobre a possibilidade de confrontos levantada pela vereadora, ele rebateu dizendo que é Simonnet mesma que está atiçando os mais radicais contra o evento. "Ela não é a única personalidade política que foi radicalmente contra o convite a Tel Aviv", acrescentou.

Paz duradoura

Em um comunicado, políticos e militantes da Frente de Esquerda e do Partido Comunista Francês haviam solicitado à prefeitura a substituição do evento por "uma iniciativa que contribua à paz duradoura entre palestinos e israelenses". Julliard respondeu que "aqueles que pretendem defender o povo palestino e, ao mesmo tempo, querem nos impedir de dialogar com uma cidade israelense que defende a paz e a tolerância, cometem um erro".

A associação Europalestina conclamou seus membros a "se manifestarem durante todo o dia, se esse evento obsceno não for anulado, para denunciar às margens do Sena essa propaganda escandalosa do Estado terrorista de Israel".

Em comunicado, a entidade disse que não se trata de uma questão religiosa, "mas de defesa do direito internacional, dos direitos humanos e da dignidade humana". "Podemos deixar que os terroristas se exibam enquanto o regime de ocupação rouba cada dia as terras dos palestinos, destruindo as suas casas, seus vilarejos, suas oliveiras e seu patrimônio cultural?", pergunta o texto do comunicado. Um abaixo-assinado contra o evento reuniu mais de 7 mil assinaturas.

A vereadora Simonnet, que se diz engajada contra todas as formas de racismo e de antisemitismo, considera "alucinante" que, por criticar o governo de Israel, as pessoas sejam taxadas de antisemitas.

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