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Traição

Site de encontros extraconjugais revolta católicos na França

Associações católicas francesas realizaram protestos em diversas cidades da região de Paris ao longo desta semana contra um site que promove encontros extraconjugais. Os grupos entraram na justiça pedindo a retirada do site que, segundo eles, “faz promoção pública da duplicidade, da mentira e da violação da lei ao facilitar o adultério”.

A imagem do site francês que causou polêmica.
A imagem do site francês que causou polêmica. Reprodução
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O adultério deixou de ser crime na França em 1975, mas os líderes do movimento recorrem a um artigo do código civil que preconiza que “marido e mulher devem respeito mútuo, fidelidade, segurança e assistência”. “Por trás da infidelidade há crianças, famílias destruídas e dramas familiares”, afirma o advogado das associações, Henri Beauregard.

O site de encontros Gleeden, cuja proposta é ajudar as pessoas dispostas a trair a encontrar um parceiro, existe há cinco anos, mas ganhou notoriedade somente agora, quando partiu para uma estratégia de marketing mais agressiva. Foram justamente as peças publicitárias explícitas que revoltaram os grupos católicos. Em uma delas, uma mulher morde uma maçã, evocando a tentação de Eva, sob o anúncio: “O primeiro site de encontros extraconjugais pensado para as mulheres”.

“Não obrigamos ninguém”

Os cartazes podem ser vistos em espaços publicitários de ônibus e metrôs da capital francesa. A federação das organizações católicas entrou com um processo contra a empresa que publica o site, chamda Black Divine, contestando a “legalidade do site e de suas propagandas”.

O grupo católico conservador Les Précurseurs enviou à empresa pública de transportes da região parisiense uma petição com 20 mil assinaturas pedindo a retirada das “propagandas escandalosas”. A peça de publicidade acabou sendo removida antes do fim da campanha.

O site Gleeden protestou dizendo ter sido vítima de censura. “Não compreendemos esse tipo de reação exagerada, já que nós fazemos anúncios há cinco anos”, afirma Solene Paillet, porta-voz do serviço. “A campanha trazia uma mensagem bastante neutra e não tinha nada de chocante”, completou.

O site argumento que a propaganda foi validada pelo Júri de Ética Publicitária e pelo Média Transports, autoridades europeias de propaganda. “Nós não obrigamos ninguém a trair, é apenas um serviço que oferecemos”, explicou o site, que afirma ter 2,3 milhões de usuários na Europa, 1 milhão na França.
 

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