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França/ terrorismo

Homem é morto após esfaquear policiais franceses e gritar frase islâmica

Policiais franceses mataram um homem a tiros neste sábado (20), depois que ele invadiu uma delegacia em Joué-lès-Tours (centro-oeste do país) e os agrediu com uma faca, aos gritos de Allahu Akbar ("Alá é grande", em árabe). O caso está sendo investigado pelo departamento de luta contra o terrorismo do Ministério Público.

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, foi até a delegacia onde três policiais foram esfaqueados.
O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, foi até a delegacia onde três policiais foram esfaqueados. ©Reuters.
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O incidente aconteceu por volta das 14h (11h no horário de Brasília). O homem feriu o rosto de um dos policiais que estavam na entrada e depois atingiu mais dois agentes, até ser abatido.

A polícia diz que o agressor gritou “Alá é grande” desde que entrou no local até ser morto. O homem era um francês de 20 anos, nascido no Burundi. Ele tinha ficha policial por cometer crimes comuns, mas não estava na mira dos serviços de contraterrorismo, de acordo com o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que foi até o local. Já o irmão do agressor é conhecido pelas posições radicais e chegou a considerar a ideia de partir para a Síria e se unir ao grupo extremista Estado Islâmico, acrescentaram fontes consultadas pela agência de notícias AFP.

Investigação por ligação ao terrorismo

A unidade de contraterrorismo do Ministério Púbico de Paris abriu uma investigação por "tentativa de assassinato e conspiração criminosa em conexão com uma organização terrorista", disse o promotor da República Jean-Luc Beck, sem dar mais detalhes. O grupo Estado Islâmico (EI) convocou os muçulmanos em países ocidentais a atacar os "infiéis" - em especial policias e militares – de todas as maneiras. A França foi um dos países citados pelos terroristas como um dos locais prioritários para atentados.

Os policiais feridos estão fora de perigo, embora dois estejam internados em estado grave. O primeiro-ministro, Manuel Valls, prestou solidariedade aos agentes e prometeu que “o Estado será severo contra aqueles que agredirem policiais”.

Lobos solitários

As autoridades não apenas francesas, como europeias, enfrentam dificuldades para gerenciar o retorno de extremistas europeus que foram à Síria ou ao Iraque combater ao lado da organização radical. Mas os ataques dos chamados “lobos solitários” também são uma ameaça. Essas pessoas, a maioria jovens, se radicalizam em solo europeu sem levantar suspeitas dos investigadores.

Nos últimos 15 meses, cinco “projetos de ação terrorista” islâmica foram desmantelados na França, de acordo com Cazeneuve. Em um comunicado, o ministro indicou ter instruído todas as instâncias policiais, além dos bombeiros, a reforçarem a segurança dos funcionários depois do incidente deste sábado.

Mais de 1,2 mil franceses ou pessoas que moram na França estão envolvidas com redes extremistas, um número que dobrou desde o início do ano.
 

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