Síndrome do Burn Out pode virar doença profissional na França
Um grupo de trinta deputados franceses do partido Socialista pedirá o reconhecimento da síndrome do Burn Out como uma doença profissional, responsabilizando as empresas. O anúncio foi feito neste domingo (7), em um texto coletivo publicado no “Jornal do Domingo.”
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No texto, os deputados chamam a atenção para a necessidade de rever a legislação atual. “Esse reconhecimento é indispensável para que o stress nervoso no trabalho seja imputado a seus responsáveis, ou seja, os patrões.” Responsabilizando os empregadores, os parlamentares esperam mudar o financiamento público das licenças médicas causadas pelo estresse.
Se a Síndrome do Burn Out for considerada como acidente de trabalho, 97% do salário recebido pelos pacientes virá do bolso dos patrões. Os deputados esperam inserir duas categorias na legislação: a depressão ocasionada pelo excesso de trabalho e o extrema cansaço e o estress pós-traumático no trabalho. Atualmente, a metade do salário de um trabalhador nesse caso, afastado do trabalho, é pago pela Seguridade Social, equivalente à Previdência Social.
De cada quatro franceses, um teve problemas psicológicos ao trabalho
Diversos casos na França da da Síndrome do Burn Out foram reconhecidos como doença profissional, geradas pelo trabalho, e resultando em uma incapacidade parcial de 25%. Uma pesquisa recente da escola técnica francesa Cegos mostrou que de cada quatro assalariados, pelo menos um teve um problema psicológico grave.
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