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França/Terrorismo

Supostos jihadistas repatriados da Turquia escapam da polícia

O governo francês é criticado nesta quarta-feira (24) por um erro inacreditável envolvendo três supostos jihadistas que estavam presos na Turquia e foram repatriados ontem (23) para a França. Apesar do reforço das medidas de segurança no país, eles não foram reconhecidos pelos policiais ao desembarcar no aeroporto de Marselha.

Os suspeitos jihadistas desembarcaram sem problemas ontem (23), no aeroporto francês de Marselha, no sul do país.
Os suspeitos jihadistas desembarcaram sem problemas ontem (23), no aeroporto francês de Marselha, no sul do país. AFP PHOTO / STEPHANE DE SAKUTIN
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Os três suspeitos jihadistas saíram livres de aeroporto e chegaram a conceder entrevistas à imprensa. A polêmica foi ainda maior porque o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, chegou a anunciar ontem (23) a detenção dos suspeitos no aeroporto de Orly, na periferia parisiense.

O governo francês culpa a Turquia pelo incidente. Os homens deveriam ter chegado no aeroporto de Orly, mas embarcaram num voo para Marselha. Segundo o ministro francês da Defesa, Jean-Yves le Drian, as autoridades francesas não foram informadas da mudança.

Suspeitos se entregaram

Os suspeitos acabaram se entregando esta manhã à polícia, na cidade de Caylar, sul da França, e foram imediatamente detidos provisoriamente. Entre os suspeitos de ligação com o movimento islâmico radical, está o genro de Mohamed Merah, morto pela polícia francesa em 2012, em Toulouse, após ter matado, em nome da Guerra Santa, sete pessoas. Eles serão agora entregues à Direção Geral da Segurança Interior, que trata os casos de terrorismo na França.

Para especialistas, a falha do governo preocupa principalmente neste momento em que o país é alvo de ameaças do grupo Estado Islâmico.

Refém francês

A França continua sem notícias do guia turístico Hervé Gourdel, sequestrado no domingo na Argélia por um grupo ligado à organização Estado Islâmico. Venceu ontem à noite o ultimato dado pelos terroristas, que ameaçam executar o refém caso a França não abandone as operações no Iraque.

O presidente François Hollande disse que não cederá à chantagem dos jihadistas, por mais odiosa que seja a ameaça. O parlamento francês debate hoje a intervenção francesa no Iraque. O primeiro-ministro Manuel Valls vai explicar as razões que levaram a França a se envolver em mais uma guerra. Mas não haverá votação.

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