Laboratório francês assina acordo para desenvolver insulina inalável

O laboratório farmacêutico francês Sanofi assinou um acordo exclusivo com a empresa de biotecnologia americana Mannkind Corporation para o desenvolvimento do remédio Afrezza, a primeira insulina inalável do mercado. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (11) em um comunicado divulgado à imprensa.

D.R.

O contrato está avaliado em US$ 925 milhões (R$ 2,1 bilhões). A produção do remédio Afrezza promete aliviar o dia a dia de pacientes diabéticos, obrigados a aplicar várias injeções diárias. Ele deve ser lançado no primeiro trimestre de 2015 nos Estados Unidos, de acordo com o comunicado. O produto é eficaz em adultos e poderá ser usado no tratamento contra a diabetes do tipo 1 e 2.

A Mannkind Corporation receberá um pagamento inicial de initial de US$ 150 milhões de dólares e pagamentos parcelados que dependerão dos resultados e metas. As duas empresas dividirão lucros e prejuízos na proporção de 65% e 35%. O acordo prevê que Sanofi se responsabilize pelo desenvolvimento e a comercialização do produto, mas a empresa americana poderá produzir o medicamento em sua fábrica em Danbury, em Connecticut, no nodeste dos Estados Unidos.

Empresas já anteciparam aumento na capacidade de produção

Segundo o vice-presidente da divisão Diabetes da Sanofi, Pierre Chancel, o remédio oferece aos pacientes uma nova opção terapêutica baseada na insulina para gerenciar o diabetes, "sem a necessidade de injeções cotidianas." As duas empresas também já anteciparam um aumento na capacidade de produção em caso de aumento da demanda mundial.

O número de casos de diabates está em alta nos países desenvolvidos e alguns especialistas consideram a existência de uma verdadeira epidemia. A origem estaria na mudança dos hábitos alimentares. Só nos Estados Unidos existem mais de 29 milhões de diabéticos, segundo dados do Centro Federal de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

A doença de tipo 1, a mais severa, atinge principalmente crianças, enquanto o Diabetes de tipo 2, que representa mais de 90% dos casos, é detectado na maior parte das vezes em adultos.