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França/Prostituição

Catherine Deneuve assina petição em defesa de clientes de prostituição

Diversas celebridades francesas, entre elas a atriz Catherine Deneuve e o cantor Charles Aznavour, aderiram a um abaixo-assinado publicado neste sábado por diversos meios de comunicação franceses, contra o projeto de lei que visa punir os clientes de prostitutas.

A atriz francesa, Catherine Deneuve.
A atriz francesa, Catherine Deneuve. © Grand Palais
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"Sem endossar ou promover a prostituição, nós recusamos a imputação de penas às pessoas que se prostituem e aos que recorrem a seus serviços, e pedimos a abertura de um verdadeiro debate sem a priori ideológico”, afirma o texto lançado pelo cantor Antoine e apoiado por mais de 60 personalidades públicas do país. Entre os que assinaram o texto estão também o ex-ministro da Cultura, Jack Lang, o cineasta Claude Lanzmann e a navegadora Florence Arthaud.

Em uma de suas atuações mais famosas, Catherine Deneuve fez o papel de uma jovem rica e infeliz que se prostituía durante o dia, no filme " La Belle du Jour" (A Bela da Tarde, em tradução livre), de 1967, dirigido por Luiz Bruñuel.

A revista semanal Le Point, a primeira a ter acesso ao abaixo-assinado, indica que os signatários do documento se limitaram a aprovar essa única frase.

O projeto de lei contra a prostituição que será examinada pela Assembléia Nacional nos dias 27 e 29 de novembro prevê sancionar os clientes de pessoas que se prostituem com uma multa de 1.500 euros ( o equivalente a 4.500 reais) e que seria dobrada em caso de reincidência. O texto também revoga o delito de solicitação pública de prostituição.

O cantor Antoine, citado pelo Le Point, estima que é preciso garantir às pessoas que se prostituem os “mesmos direitos que outros trabalhadores” e contesta o índice de 90% de prostitutas que exerceriam suas atividades de maneira forçada.

O projeto de lei de autoria de deputados socialistas já foi alvo de outro abaixo-assinado que recebeu o título de “Não mexam com minha puta”, e que provocou uma grande polêmica na França. Os signatários defendiam que cada um seja livre para comercializar o corpo e gostar dessa atividade.

“Recusamos que os deputados ditem as normas sobre nossos desejos e prazeres”, dizia o texto. Esse abaixo-assinado não tem relação alguma com a petição lançada neste sábado, de acordo com o cantor Antoine.
 

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