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França/Moda

Marc Jacobs deixa grife Louis Vuitton após 16 anos de colaboração

O estilista Marc Jacobs apresentou seu último desfile à frente da marca de moda e acessórios Louis Vuitton nessa quarta-feira, 2 de outubro, em Paris. A confirmação foi feita em uma entrevista concedida ao jornal Women's Wear Daily, uma espécie de bíblia do setor. Durante os 16 anos de atuação, o norte-americano foi o responsável pela transformação da empresa francesa em um gigante do luxo mundial.

Marc Jacobs se despede da Louis Vuitton após desfile desfile prêt-à-porter primavera-verão 2014
Marc Jacobs se despede da Louis Vuitton após desfile desfile prêt-à-porter primavera-verão 2014 REUTERS/Benoit Tessier
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Depois de semanas de rumores, a confirmação da saída de Marc Jacobs da Louis Vuitton foi feita nessa quarta-feira, logo após o desfile prêt-à-porter primavera-verão 2014 da grife. Segundo o jornal Women's wear daily (WWD), o estilista deixa a direção artística para se dedicar a sua próprio marca, que também pertence ao gigante do luxo LVMH.

A notícia balança o mundo da moda, já que Louis Vuitton se tornou, desde a chegada do norte-americano há 16 anos, um dos principais nomes do setor. O estilista foi o autor da transformação da grife, até então conhecida apenas por seus acessórios em couro, e que se tornou um dos símbolos do chamado “luxo internacional”, com centenas de lojas espalhadas pelo planeta. Graças às suas ideias nas passarelas, mas também às colaborações desenvolvidas com artistas plásticos como Takashi Murakami, Richard Prince ou Yayoi Kusama, Jacobs fez com que o faturamento da LV fosse multiplicado por dez. No entanto, o ritmo de crescimento da empresa tem diminuído, o que pode ter levado o grupo a não renovar o contrato com o estilista. 

A saída do norte-americano também pode ser vista como o final de um ciclo no mundinho das passarelas, povoado até então por “estilistas-celebridade”. Desde a queda de John Galliano, demitido em 2011 da Christian Dior após ter feito declarações antissemitas em um bar parisiense, a tendência dos grandes grupos tem sido contratar nomes mais discretos, concentrando as atenções nas coleções, e não mais na personalidade dos diretores artísticos.

Fica agora no ar questão do sucessão de Jacobs. Desde que os rumores de sua saída começaram, cogita-se o nome de Nicolas Ghesquière, que deixou em novembro passado a marca Balenciaga (do grupo Kering, concorrente da LVMH). Conhecido por ter ressuscitado a grife do estilista espanhol, Ghesquière conta com a vantagem de ser amigo de Delphine Arnault, filha do presidente da LVMH e diretora-adjunta da Vuitton desde setembro passado. Mas também sabe-se que a grife do logotipo LV contratou recentemente ítalo-canadense Darren Spaziani para cuidar de sua linha de acessórios de couro. Mas como no caso de Dior, que também pertence ao grupo LVMH, e que escolheu o discreto Raf Simons para substituir o carismático Galliano, Vuitton ainda pode reservar surpresas.

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