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Síria/França

Para a França, tudo indica um “massacre químico” na Síria

O chanceler francês, Laurent Fabius, declarou que todas as indicações levam a crer que o regime sírio está por trás do “massacre químico” ocorrido na última quarta-feira, perto de Damasco. Uma representante da ONU chegou à capital síria para obter autorização para investigar o ataque. O presidente americano, Barack Obama, reuniu-se com sua equipe de segurança nacional, para estudar as opções de ação.

Vítimas de ataque no subúrbio de Damasco são enterradas.
Vítimas de ataque no subúrbio de Damasco são enterradas. REUTERS/Bassam Khabieh
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“Exigimos que a ONU possa fazer investigações locais o mais rápido possível”, disse Fabius, em visita oficial a Ramallah, na Cisjordânia. “Se o regime sírio não tiver nada a esconder, que o controle seja feito imediatamente”, acrescentou. Segundo Fabius, as informações disponíveis mostram que o massacre químico foi muito grave e que isso não ficará sem uma resposta adequada.

Angela Kane, alta representante das Nações Unidas para o desarmamento, chegou a Damasco na tarde de sábado, sem fazer declarações.

A ofensiva em questão aconteceu na quarta-feira, em dois setores da periferia de Damasco nas mãos de rebeldes. A oposição acusa o governo de ter usado armas químicas, que teriam provocado mais de mil mortos. O regime de Bachar al-Assad nega categoricamente e diz que os insurgentes é que usaram gases tóxicos contra o exército.

Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, três hospitais sírios receberam cerca de 3600 pacientes com “sintomas neurotóxicos” desde quarta-feira, sendo que 355 morreram. O MSF, com base em Paris, declarou ainda, através de um comunicado, que não pode confirmar cientificamente os sintomas, nem estabelecer a responsabilidade pelo ataque.

Em Washington, Barack Obama examinou com sua equipe de segurança nacional as opções militares contra a Síria. Ao contrário dos aliados europeus, o governo americano mantém prudência nas declarações contra o regime sírio e se mostra reticente a uma nova aventura militar no Oriente Médio.
 

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