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Vinho

Roussillon é primeira região da França a fazer a vindima

Começou nesta segunda-feira, 19 de agosto, a vindima no Roussillon com dez a quinze dias de atraso em relação aos anos anteriores. Essa região é tradicionalmente a primeira da França a colher uvas. A colheita é tardia por causa de uma primavera fria demais e 2013 deve ter uma produção média em termos de quantidade, mas os profissionais esperam uma safra de boa qualidade.

A tradicional colheita das uvas destinada ao mercado do vinho francês começou nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2013, no Roussillon. As regiões com os vinhedos mais prestigiosos, como a Borgonha (foto) deverão esperar mais algumas semanas.
A tradicional colheita das uvas destinada ao mercado do vinho francês começou nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2013, no Roussillon. As regiões com os vinhedos mais prestigiosos, como a Borgonha (foto) deverão esperar mais algumas semanas. Wikipedia
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Como todos os anos, Pierre-Henri de La Fabrègue, dono da propriedade de Rombeau em Rivesaltes, foi um dos primeiros, se não o primeiro, a vindimar nesta segunda-feira. Ele prevê uma colheita 20% superior à de 2012, que foi um ano medíocre.

"O mais importante é que o estado sanitário é perfeito. Não há nenhuma doença, nenhum fungo, nenhuma aranha", diz ele. "OItenta por cento da qualidade do vinho depende da qualidade da uva", garante.

A uva colhida nesta semana servirá para produzir vinhos moscatel brancos secos, os primeiros que chegarão ao mercado francês na terceira quinta-feira de outubro.

Os viticultores de Rivesaltes e seus arredores são geralmente os primeiros a vindimar por várias razões: a área é uma das mais meridionais e mais ensolaradas da França, os vinhedos têm pouco rendimento e a uva moscatel de grão pequeno, uma das variedades do departamento, é bastante precoce.

Outros viticultores começarão a colheita na região na próxima semana para os brancos e daqui a no mínimo três semanas para os tintos.

Marc Guichet, da Câmara de Agricultura do departamento de Pyrénées-Orientales, no sul da França, onde fica Roussillon, espera um bom ano para os brancos e os rosés. Ele diz que o atraso na vindima pode até, com um pouco de sorte, favorecer uma safra excepcional para os tintos.

Se o Roussillon tiver noites frescas e uma tempestade que favoreceria a fotossíntese, "poderemos deixar amadurecer fisiológicamente sem que os graus aumentem muito; e aí pode-se fazer coisas magníficas", diz Guichet.

Mas se, ao contrário, "cair um dilúvio, tivermos tempestades de granizo, uma geração de lagartas muito agressivas ou umidade marinha", tudo será diferente. "De qualquer maneira, os últimos dias sempre são decisivos", aponta ele.

O departamento de Pyrénées-Orientales produz de 700 a 800 mil hectolitros por ano, incluindo 250 hectolitros do vinho doce característico da região, como o Rivesaltes e o moscatel de Rivesaltes.

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