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França/Turismo

Crise e mau tempo preocupam setor do turismo na França

A taxa de ocupação e as receitas dos hotéis franceses caíram respectivamente de 2% e 4% em julho. O bom tempo das últimas semanas não compensou um início de verão ruim devido ao frio e à queda do poder aquisitivo, segundo um estudo do escritório de consultoria MKG Hospitality, que é uma referência no campo da hotelaria.

Praia de Trouville na Normandia, situada a 196 km de Paris.
Praia de Trouville na Normandia, situada a 196 km de Paris. http://pixabay.com/fr
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Devido à crise econômica, que reduz o poder aquisitivo, os franceses estão prestando mais atenção nos seus gastos e "tendem a sacrificar o orçamento reservado para as férias e a diminuir a duração das viagens", segundo os especialistas da MKG.

Além disso, a concorrência de outros destinos em torno do mar Mediterrâneo também roubou parte da clientela francesa e internacional que costumava frequentar os hotéis franceses. Estabelecimentos na Grécia e na Espanha, por exemplo, têm preços mais baixos, oferecem descontos e contam com a vantagem de ter sol garantido durante todo o verão.

Mesmo Paris, que tradicionalmente ajuda a manter altos os níveis de ocupação da hotelaria francesa, perdeu 1,4% e os preços médios caíram 1%. Globalmente, os ganhos com cada quarto diminuíram 2,5% na capital. O segmento de luxo foi particularmente afetado (menos 3,8%) com a ausência dos clientes do Oriente Médio, em pleno ramadã (mês sagrado em que os muçulmanos jejuam durante o dia).

Todos esses fatores alimentam a preocupação dos profissionais do setor hoteleiro francês. Mas o escritório de consultoria MKG aponta que seus dados são relativos ao período de 1° a 26 de julho. Já os números dos últimos dias mostram um aumento dos indicadores que deve continuar em agosto, sobretudo com a volta dos clientes do Oriente Médio apos o fim do ramadã.

Por sua vez, a principal Federação de hoteleiros e donos de restaurantes da França traça um quadro ainda mais catastrófico desse verão, com uma queda média da atividade de 10% em todo o país e de até 30% em algumas regiões. Apesar do mês de agosto apontar uma alta de 2,3% nas reservas, vai ser impossível recuperar o prejuízo já registrado em julho, afirma o jornal Aujourd'hui en France.

 

 

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