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França/Casamento Gay

França aprova lei que autoriza casamento gay em clima de tensão

A Assembleia Nacional francesa aprova definitivamente na tarde dessa terça-feira, 23 de abril, a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O assunto dividiu a população e o debate foi marcado por manifestações gigantescas contra e a favor em todo o país. Na segunda-feira, poucas horas antes do voto, uma carta com uma ameaça de morte foi enviada ao presidente Assembleia para tentar intimidar os participantes e impedir a validação final do texto.

A França se torna o 14° país no mundo a autorizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A França se torna o 14° país no mundo a autorizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. DR
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A França se prepara para viver um momento histórico nessa terça-feira. As 17h, no horário local (meio-dia em Brasília), a Assembleia Nacional deve aprovar definitivamente a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Como os socialistas, que defendem o projeto, representam a maioria dos votantes, os franceses devem integrar a lista dos 13 países que já adotaram o casamento gay no mundo. 

Mas se a lei deve ser validada sem obstáculos nessa terça-feira, durante todo o processo de discussão a medida causou polêmica e manifestações gigantescas foram realizadas em todo o país. Insultos entre partidários e opositores do projeto tomaram conta do debate e as agressões de caráter homofóbico aumentaram desde o início das negociações. O clima ficou ainda mais tenso nos últimos dias e representantes de grupos contrários ao texto chegaram a assediar ministros e perseguir militantes da causa gay pelas ruas.

As ameaças se intensificaram nessa segunda-feira, véspera do voto final, quando uma carta com uma ameaça de morte foi enviada ao presidente socialista da Assembleia Nacional, Claude Bartolone. No envelope, contendo pólvora de munição, os autores pediam o adiamento do voto. A unidade francesa antiterrorismo foi acionada.

Os partidários do “casamento para todos” devem se reunir para festejar aprovação do texto nas redondezas da Assembleia Nacional logo após o voto, às 17h, antes de seguir para a prefeitura de Paris. Os opositores, que insistem para que um referendo seja feito para consultar a população, também pretendem se reunir novamente, às 19h, na região da assembleia e em várias outras cidades do país. 

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