Médicos franceses entram em greve e fazem passeata nesta segunda-feira
Médicos dos setores público e privado estão em greve hoje na França. A paralização atinge médicos residentes, cirurgiões, anestesistas e obstetras. Cada categoria, porém, tem suas próprias reivindicações.
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No caso dos cirurgiões, anestesistas e obstetras da rede particular, o movimento social é uma iniciativa de um dos principais sindicatos do setor -o Bloc- que calcula que 700 estabelecimentos da rede privada em toda a França devem ser atingidos pelo movimento social. Os grevistas não concordam com a criação de um teto para os honorários médicos que superam a tarifa do sistema público. Para eles, com a medida, o governo estigmatiza a classe médica e ameaça o futuro da categoria.
Já os residentes da rede pública reclamam das condições de trabalho e do desrespeito do período de descanso para jornadas semanais que superam 60 horas. A adesão à greve é motivada por grupos criados em redes sociais. Além dos residentes, radiologistas, oftalmologistas e cardiologistas também prometem cruzar os braços e fazer uma passeata nesta segunda-feira. O ISNH, sindicato dos residentes, planeja uma manifestação entre a estação de trem Montparnasse, em Paris, até a sede do Ministério da Saúde.
Esse é o primeiro grande teste para a ministra da Saúde, Marisol Tourraine. A ministra declarou hoje que continua disposta a negociar, mas insistiu que o governo pretende lutar contra honorários abusivos que prejudicam os pacientes. Segundo o governo, os pacienets que tinham cirurgias marcadas para essa segunda-feira foram avisados que os procedimentos foram desmarcados.
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