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França/Crise

Crise obriga François Hollande a rever promessas de campanha

O presidente François Hollande preside na manhã desta quarta-feira o primeiro conselho ministerial após o fim das férias de verão. Por causa da crise, o governo está sendo obrigado a rever várias de suas promessas de campanha, fornecendo um prato cheio para as críticas da oposição.

O presidente francês François Hollande preside hoje o primeiro conselho ministerial após as férias de verão.
O presidente francês François Hollande preside hoje o primeiro conselho ministerial após as férias de verão. REUTERS/Philippe Wojazer
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Ao invés de duplicar o teto dos depósitos da caderneta de poupança como prometido, o primeiro-ministro francês anuncia nesta quarta-feira um aumento imediato de 25%, elevando o teto da poupança preferida dos franceses de 15.300 euros para cerca de 19 mil com o objetivo de financiar a construção de habitações populares. Jean-Marc Ayrault garante que novos aumentos serão autorizados em função das necessidades.

O governo socialista também anuncia uma diminuição das taxas sobre os combustíveis, mas ela será modesta e provisória por causa do difícil contexto econômico. O prometido congelamento dos preços da gasolina terá que esperar. O primeiro-ministro não exclui a redução da previsão da taxa de crescimento francês para 2013, atualmente fixada em 1,2%.

Com alguns meses de atraso, o decreto prevendo a diminuição de 30% dos salários do presidente da república e dos ministros será finalmente apresentado durante a reunião do conselho ministerial, na manhã desta quarta-feira, no Palácio do Eliseu.

Ciganos romenos e búlgaros

A polêmica situação dos cerca de 20 mil ciganos romenos e búlgaros que vivem na França também será discutida hoje. O governo deve anunciar medidas para facilitar o acesso dos ciganos ao mercado de trabalho. Empregadores têm que pagar uma taxa de 700 euros para contratar romenos ou búlgaros, o que é considerado uma discriminação.

A França e outros sete países europeus continuam aplicando essas medidas que dificultam a integração de cidadãos da Romênia e da Búlgaria, países que pertencem a União Europeia. Os ciganos também exigem do governo uma melhor aceitação de seus filhos nas escolas francesas e que nenhum acampamento seja desmantelado sem uma solução alternativa de moradia. O desmantelamento de acampamentos ciganos durante o verão criou divergências inclusive no Partido Socialista.

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