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França/Transporte aereo

Agentes de aeroportos franceses mantêm greve nesta quarta-feira

Os agentes de segurança dos principais aeroportos franceses decidiram, na noite desta terça-feira, continuar a greve que já dura cinco dias. Preocupado com possíveis falhas no controle de passageiros e bagagens, o governo francês avisou que pode convocar a polícia e o Exército para substituir os manifestantes.

Greve prejudica passageiros no aeroporto parisiense Charles de Gaulle.
Greve prejudica passageiros no aeroporto parisiense Charles de Gaulle. Reuters
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A paralisação perturba os embarques nos aeroportos Charles de Gaulle em Roissy, na região parisiense, de Lyon, Toulouse e, a partir desta quarta-feira, Nice se junta ao movimento. A greve tem causado atrasos e cancelamento de voos nesta época de férias e de aumento das viagens de fim de ano.

No Charles de Gaulle, dos 607 voos programados para esta terça-feira, apenas 430 decolaram no horário previsto.

O governo avisou que 400 homens, entre policiais e militares, poderão ser enviados aos aeroportos para garantir o serviço de controle de passageiros e bagagens de mão. A decisão sobre a substituição dos manifestantes foi anunciada na noite desta terça-feira pelo ministro do Interior, Claude Guéant, e confirmada pela ministra dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet.

"A segurança está em jogo. É muito difícil, nessas condições, poder conferir todos os detalhes, verificar todos os passageiros, todas as bagagens que passam. Os franceses não podem se tornar reféns desse conflito durante as férias de fim de ano", disse a ministra.

O governo francês previa o retorno dos grevistas às atividades para esta quarta-feira. No entanto, as negociações entre os sindicatos e as empresas de segurança terceirizadas não evoluíram, mesmo com a intervenção de um mediador do governo.

Aeroportos de Rennes e Mulhouse podem aderir à greve

Por isso, o movimento pretende ampliar a participação de aeroportos e agentes. Rennes e Mulhouse ameaçam aderir à greve. Este último anunciou um aviso de greve para o dia 24 de dezembro a partir das 10h.

"Os patrões não estão dispostos a fazer nenhum esforço. Nós requisitamos que eles fizessem contra-propostas, mas eles recusaram novamente", afirmou o grevista Benamar Belkouche.

Os trabalhadores pedem um aumento de de 200 euros nos salários. Os sindicatos das empresas de segurança também exigem acordos para melhorar as condições de trabalho dos agentes. Eles alegam que trabalham muitas horas a mais que os policiais, que até pouco tempo executavam as mesmas atividades.

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