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França

Sarkozy lança ofensiva contra fraudes na Previdência

A cinco meses das eleições presidenciais de 2012, o presidente Nicolas Sarkozy lançou uma ofensiva para combater as fraudes nos programas de proteção social do país. Segundo vários estudos, as fraudes para obter benefícios do Estado e contra a Previdência custariam cerca de 20 bilhões de euros, cerca de 47 bilhões de reais, por ano aos cofres do Estado.

Nicolas Sarkozy en déplacement à Bordeaux ce mardi 15 novembre 2011, a annoncé des mesures pour lutter contre la fraude sociale.
Nicolas Sarkozy en déplacement à Bordeaux ce mardi 15 novembre 2011, a annoncé des mesures pour lutter contre la fraude sociale.
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Em tempos de crise econômica e às vésperas de uma campanha eleitoral que promete ser rude, o presidente francês abriu hoje uma frente de combate na área social, mesmo sem ter oficializado sua candidatura. Num discurso em Bordeaux, na região sudoeste da França, Sarkozy declarou guerra às fraudes contra o sistema de proteção social. O trabalho informal e a apresentação de documentos falsos para obter benefícios do Estado estão na mira do governo. "Roubar a Previdência é o mesmo que trair a confiança dos franceses", declarou o presidente.

Durante muito tempo, a burocrática administração francesa negou a existência de fraudes, tratando os casos identificados pelos servidores como "litígios". Mas a clonagem de documentos de identidade começou a pipocar na justiça e não deu mais para esconder o problema embaixo do tapete. 

Entre as 42 milhões de carteiras de motorista em circulação na França, três milhões seriam falsificadas. Sem que se saibam os números exatos, as falsificações de passaportes e certidões de nascimento também seriam fáceis de ser obtidas. Segundo dados oficiais, cerca de 6% dos documentos apresentados para inscrição em programas sociais e até para abertura de contas nos bancos são falsos. 

O caixa da saúde foi escolhido para dar o exemplo de que o governo não vai mais fazer corpo mole diante dos fraudadores. As autoridades estudam criar uma carência para o reembolso das licenças médicas no trabalho. No setor privado, o Estado só assume os dias parados a partir do terceiro dia de licença. Sarkozy tenta alinhar o setor público à mesma disciplina, impondo um dia de carência ao funcionalismo antes de pagar pelo dia parado. O governo também ameaça cobrar dos médicos as licenças abusivas, caso o médico da Seguridade Social constate que o afastamento do funcionário do trabalho não era necessário.

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