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França

MP de Paris arquiva queixa de tentativa de estupro contra Strauss-Kahn

O Ministério Público de Paris recomendou hoje o arquivamento da queixa de tentativa de estupro feita pela jornalista e escritora francesa Tristane Banon contra Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do FMI. A justiça reconhece ter havido agressão sexual, mas o delito está prescrito. O advogado da escritora, David Koubbi, considerou o parecer do MP "uma vitória" de sua cliente.

A justiça considerou o delito de agressão sexual prescrito.
A justiça considerou o delito de agressão sexual prescrito. Reuters
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Após três meses de investigações que contaram com o depoimento de cerca de 40 testemunhas e uma acareação entre Banon e Strauss-Kahn, o MP de Paris divulgou seu parecer sobre o caso.

No texto, o MP reconhece que houve agressão sexual mas não uma tentativa de estupro, como defendeu o advogado de Banon. Segundo a legislação francesa, o delito de agressão sexual prescreve em três anos. No parecer, o MP explica que os fatos relatados pela escritora datavam de 2003, mas ela só prestou queixa na polícia em julho de 2011, quando o delito já estava prescrito. Por essa razão, o MP recomenda o arquivamento do caso.

Dominique Strauss-Kahn retornou à França no início de setembro, depois que um tribunal de Nova York retirou sete queixas de crimes sexuais contra ele apresentadas pela camareira guineana Nafissatou Diallo. O escândalo em Nova York obrigou o francês a pedir demissão de seu cargo de diretor-gerente do FMI e enterrou seus planos de concorrer à presidência da França no ano que vem.

Outras ações na justiça

Tristane Banon, de 32 anos, indicou recentemente que se o MP arquivasse o caso, ela entraria com uma ação cívil para obter reparação. Em seu depoimento à polícia, no início de setembro, Strauss-Kahn reconheceu que tentou beijar Banon, mas negou ter agido com violência em relação à escritora. Ele qualificou a queixa de tentativa de estupro de "caluniosa e imaginária".

No escândalo em Nova York, Strauss-Kahn, de 62 anos, alegou ter mantido uma relação sexual consentida com a camareira do hotel Sofitel. Apesar do processo penal ter sido abandonado, o advogado de Nafissatou Diallo entrou com uma ação cívil para obter uma indenização a favor da camareira.

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