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FMI/Campanha

Lagarde inicia em Brasília campanha para chegar à direção do FMI

A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, candidata favorita à sucessão de Dominique Strauss-Kahn na direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse neste domingo que vai visitar vários países emergentes em busca de apoio à sua candidatura. Ela declarou que começa sua campanha pelo Brasil, nesta segunda-feira, porque o governo brasileiro foi o primeiro a responder à sua proposta.

A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, anunciou na sexta-feira sua candidatura à direção do FMI.
A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, anunciou na sexta-feira sua candidatura à direção do FMI. Reuters
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Christine Lagarde desembarca nesta segunda-feira em Brasília para apresentar às autoridades brasileiras suas prioridades, caso venha a ser eleita diretora-gerente do FMI. A francesa tem encontros previstos com o ministro da Fazenda Guido Mantega, com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e concede uma entrevista coletiva à imprensa. Depois do Brasil, ela pretende visitar China, Índia, países da África e do Oriente Médio.

Neste domingo, em entrevista à rádio francesa Europe 1, Lagarde afirmou que compreende a frustração dos países emergentes em ver novamente um europeu disputando a liderança do Fundo. "Eles querem que seus interesses e sua situação econômica sejam reconhecidos e levados em conta nas decisões das instâncias internacionais", disse a ministra, antes de acrescentar que é natural os emergentes quererem saber se os candidatos à chefia do FMI têm vocação universal. 

Lagarde busca um amplo consenso em torno de seu nome. Sua candidatura é defendida pelas principais potências europeias e estaria prestes a conseguir o apoio fundamental dos Estados Unidos e da Rússia. A francesa promete, se nomeada, conceder aos países emergentes uma maior participação no FMI.

Até agora, o único rival declarado da ministra francesa da Economia é o mexicano Agustín Carstens, presidente do Banco Central do México. As candidaturas ao cargo de diretor-gerente do FMI devem ser oficializadas até o dia 10 de junho.

Europeus confiantes na nomeação de Lagarde

A sucessão no FMI foi discutida nos bastidores da cúpula do G8, encerrada na sexta-feira em Deauville, balneário francês, no noroeste do país. O presidente Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel afirmaram que o G8 não era o melhor momento para abordar o assunto. “Nós evitamos deliberadamente discutir o tema, em respeito aos países ausentes, principalmente as potências emergentes”, disse Merkel.

Mas um responsável europeu garantiu em Deauville que a nomeação de Lagarde está garantida e que ela teria inclusive o apoio da Rússia. Ele disse que falta apenas encontrar uma maneira de compensar a representação dos integrantes dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no FMI.

Desde a criação do Fundo em 1944, a instituição é dirigida por um europeu, enquanto que o Banco Mundial é comandado por um americano. A sucessão à direção do FMI foi aberta após a renúncia do francês Strauss-Kahn, acusado de tentativa de estupro nos Estados Unidos.

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