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França/Wikileaks

Governo tenta impedir hospedagem do WikiLeaks na França

O ministro da Economia Digital, Eric Besson, pediu a todos os provedores franceses que não hospedem o site WikiLeaks, em meio ao escândalo provocado pelo vazamento dos telegramas diplomáticos constrangedores para os Estados Unidos.

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Desde a noite de quinta-feira, o WikiLeaks está abrigado em um servidor francês chamado OVH, que fica na cidade de Roubaix, no norte da França. Uma situação inaceitável para as autoridades do país, que já pediram a um organismo especializado – o Conselho Geral da Indústria, Energia e Tecnologias – que informe o mais rápido possível os meios de pôr fim a esta hospedagem indesejada pelo presidente Nicolas Sarkozy. Documentos vazados pelo site revelaram que Sarkozy é considerado o mais pró-americano de todos os presidentes franceses.

"A França não pode abrigar sites Internet que violem o segredo das relações diplomáticas e coloquem em perigo pessoas protegidas pelo sigilo da chancelaria, sites classificados de criminosos e rejeitados pelos outros Estados por afetarem seus direitos fundamentais", declarou o ministro Eric Besson, encarregado da Economia Digital.

O provedor OVH decidiu pedir a um juiz francês que se pronuncie sobre a legalidade ou não da hospedagem do polêmico site na França. A informação foi divulgada pelo diretor da empresa, Octave Klaba, em uma mensagem endereçada a seus clientes.

O WikiLeaks chegou à França depois de ter sido suspenso do domínio DNS, um provedor instalado em Las Vegas, que aparentemente não suportou a pressão das autoridades norte-americanas. Depois de ficar seis horas fora do ar, WikiLeaks anunciou no Twitter que tinha se mudado para a Suíça, passando a se hospedar igualmente na Alemanha e na França, além de manter o seu antigo provedor na Suécia.

Por trás desse aparente jogo de pistas está o fundador do WikiLeaks, o australiano Julien Assange. Ele está foragido e sob mandado de prisão internacional pela Interpol a pedido da Suécia, onde é acusado de crimes sexuais durante sua última viagem a Estocolmo, em agosto. Assange rejeita as acusações e se diz vítima de um complô para incriminá-lo.

Os jornais britânicos de hoje dizem que Assange está no Reino Unido e que a polícia conhece o seu paradeiro. Ele só não teria sido preso ainda, segundo a mídia, por uma mera questão administrativa: um erro no mandado de prisão.

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