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Automóveis

Peugeot e Fiat-Chrysler negociam fusão para criar quarta maior montadora

A francesa PSA Peugeot e a ítalo-americana Fiat-Chrysler confirmaram as negociações em curso para a criação de um novo líder mundial do setor automobilístico. A direção da PSA se reúne nesta quarta-feira (30) para estudar a possível fusão avaliada em US$ 50 bilhões, que deve resultar na quarta maior montadora do mundo.

Carlos Tavares, CEO da PSA Peugeot-Citroen, seria o diretor-geral da eventual fusão com a Fiat-Chrysler.
Carlos Tavares, CEO da PSA Peugeot-Citroen, seria o diretor-geral da eventual fusão com a Fiat-Chrysler. Eric Piermont/AFP
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"Com relação às informações recentes sobre uma possível operação estratégica entre o grupo PSA e o grupo FCA, a Fiat Chrysler Automobiles confirma que há discussões com o objetivo de criar um grupo que figure entre os líderes mundiais da mobilidade", afirma um breve comunicado divulgado pela FCA. "Não há mais nada para adicionar no momento", indica o texto.

A PSA também se limitou a confirmar "negociações em curso para criar um dos principais grupos de automóveis do mundo". O negócio vai possibilitar a volta da Peugeot ao mercado americano. Durante muito tempo, a Fiat-Chrysler tentou negociar uma fusão com a Renault-Nissan, mas retirou sua oferta em junho passado, acusando o contexto político francês de ter comprometido o projeto.

O governo francês controla parte das ações da Renault, mas também detém 12% da Peugeot – o que poderia, segundo especialistas, ser um obstáculo para o casamento com a montadora ítalo-americana. A PSA também tem como acionistas principais o governo chinês e a família Peugeot.

De igual para igual

Nesta manhã, as ações dos dois grupos se valorizam após a confirmação das negociações: Peugeot ganha 8% e Fiat-Chrysler, 10,3%. Uma fonte próxima das discussões explicou à AFP que os dois grupos negociam uma fusão entre iguais. Também existem outras opções sobre a mesa, de acordo com outra fonte que pediu anonimato.

O CEO da PSA, Carlos Tavares, seria o diretor-geral do novo grupo, cujo conselho de administração seria presidido pelo CEO da Fiat Chrysler, John Elkann, herdeiro da dinastia Agnelli. No momento, no entanto, não há garantia de que as negociações cheguem a um acordo, advertiu uma das fontes, confirmando informações do Wall Street Journal.

A PSA vendeu 3,9 milhões de veículos no ano passado, com um faturamento de US$ 74 bilhões. A FCA vendeu 4,8 milhões de veículos, a US$ 110 bilhões.

Na bolsa de Paris, o grupo francês tem uma capitalização de € 22,54 bilhões, enquanto a avaliação na bolsa da FCA, cotada em Wall Street e em Milão, é de US$ 28,1 bilhões nos Estados Unidos e € 20,74 bilhões em Milão.

O novo grupo ficaria atrás da Volkswagen, da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e da Toyota. Suas marcas incluem Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot e Vauxhall.

Com informações da AFP

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