Protesto ecológico paralisa ruas de Londres e polícia prende quase 300 manifestantes
Os transportes públicos londrinos devem ser novamente perturbados nesta quarta-feira (17) por manifestações ecológicas que bloqueiam há dois dias cinco locais emblemáticos da capital: Marble Arch, Oxford Circus, a ponte de Waterloo, Parliament Square e Piccadilly Circus. A polícia britânica já deteve quase 300 ativistas que protestam contra a inação do governo para combater o aquecimento global.
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O movimento, que exige a instauração de um "estado de emergência ecológica", nasceu no Reino Unido antes de se tornar internacional. Ele é uma iniciativa do grupo Extinction Rebellion que lançou na última segunda-feira (15) uma semana de protestos. Desde então, milhares de pessoas bloqueiam regiões estratégicas da cidade. Os manifestantes também exigem que o governo reduza a zero as emissões de gases que provocam o efeito estufa até 2025.
Os ativistas foram autorizados a ocupar apenas Marbel Arch, mas na madrugada desta quarta-feira, seguiam bloqueando também Oxford Circus, Waterloo e Parliament Square. A Polícia Metropolitana de Londres informou que “a expectativa é que as manifestações continuem nas próximas semanas".
Detenções
Segundo James Fox, porta-voz da Extinction Rebellion, as detenções ocorreram "majoritariamente" na ponte de Waterloo, onde os manifestantes usaram cadeados para bicicletas para "se acorrentar a veículos". Entre os mais de 290 detidos, também estão três homens e duas mulheres que ocuparam o escritório da petroleira Shell e quebraram uma janela do local.
"Vamos seguir ocupando essas regiões até que o governo nos escute", disse James Fox. "Muitos de nós estão dispostos a sacrificar sua liberdade por esta causa".
Linhas de ônibus e metrô interrompidas
O serviço de ônibus de Londres informou no Twitter que várias linhas do centro da capital devem "seguir alteradas". O metrô também foi afetado.
Em um comunicado, o prefeito de Londres Sadiq Khan, se disse “extremamente preocupado com os projetos (dos ativistas) de perturbar o metrô”. Ele ressaltou que é “fundamental conseguir convencer mais pessoas a usar os transportes públicos, assim como bicicletas e outros meios de transporte ecológicos, se quisermos lutar contra essa urgência climática”.
O movimento anunciou, dentro de sua "rebelião internacional", protestos em 80 cidades de 30 países, até 22 de abril.
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